Recife/PE, fevereiro de 2019 – Exemplar no 00126
– Publicação Mensal
Para
que se possa aplicar a NHO-11 da FUNDACENTRO[1] para Avaliação dos níveis
de iluminamento em ambientes internos de trabalho é necessário coletar os dados
corretamente.
A
sistematização para coleta de dados não é definida na NHO-11 (outra falha),
sendo necessário que o técnico responsável estabeleça essa metodologia, caso contrário,
poderá ocorrer falhas em relação a ausência ou registro incorreto de dados.
Lembrando que os dados correspondem aos códigos que constituem a matéria prima geradora
da informação (dado é a informação não tratada). Desse modo, a informação é o
resultado dos dados tratados cientificamente. Ou seja, as informações
correspondem ao resultado do processamento dos dados coletados. E é sobre as
informações e não sobre os dados que as decisões são tomadas. Dados isolados não
significam nada. Por isso as Normas trabalham com vários dados.
A
sistematização para coleta de dados pode ser guiada através de um formulário
contendo os itens a serem registrados. A organização dos itens deve obedecer a
metodologia de trabalho durante a abordagem e a sequência dos dados a serem
trabalhados:
I-Elaboração do lay out ambiental
contendo a disposição e quantidade de luminárias
O lay
out deve ser o mais real possível, representando as luminárias nas mesmas
posições em que se encontram (transversais ou longitudinais em relação ao
retângulo formado pelas paredes da sala), bem como, a representação dos postos
de trabalho com as áreas das tarefas. É importante também descrever nesse
croqui a localização das portas e janelas a fim de identificar o posicionamento
dos postos de trabalho em relação aos prismas de iluminação natural existentes.
Áreas ou recantos mortos de salas grandes, onde não são realizadas atividades e
nem transitam pessoas, não devem ser consideradas. Registrar também a altura
aproximada da luminária em relação as áreas da tarefa;
II-Definição dos pontos de medição
conforme NHO-11
Definir
os pontos de medição sobre o lay out conforme as figuras respectivas da NHO-11.
Para isso, é necessário elaborar o esquema de desenho sobre o croqui e
localizar de forma aproximada os pontos de medição. Em caso de dúvidas,
principalmente em relação aos excludentes da Norma, como é o caso de ambientes
com apenas quatro luminárias, pecar por excesso de pontos;
III-Verificação do tipo de lâmpadas
utilizadas (temperatura de cor e IRC) e definição do Fator de Correção
Verificar
na embalagem ou corpo da lâmpada. Caso não tenha, é necessário anotar os dados
da lâmpada e pesquisar nos catálogos dos fabricantes antes de iniciar as
medições. Esse procedimento é importante para definir o Fator de Correção a ser
programado no aparelho;
IV-Programação do aparelho com os
respectivos Fatores de Correção e realização das medições dos níveis de
iluminamento nos pontos de medição definidos no lay out
Utilizar
a tabela:
FATORES DE CORREÇÃO LD-550
|
TIPO DE LÂMPADA
|
FATOR DE CORREÇÃO (FC)
|
FLUORESCENTE
|
1.000
|
VAPOR DE MERCÚRIO
|
1.000
|
VAPOR DE SÓDIO
|
1.000
|
LUZ NATURAL
|
1.000
|
TUNGSTÊNIO (INCANDESCENTE)
|
1.000
|
LED LUZ DIA BRANCO
|
0.990
|
LED LUZ VERMELHA
|
0.516
|
LED LUZ ÂMBAR
|
0.815
|
LED LUZ AMARELA
|
0.815
|
LED LUZ VERDE
|
1.216
|
LED LUZ AZUL
|
1.475
|
LED LUZ ROXA
|
1.148
|
NEON LUZ AZUL
|
1.286
|
NEON LUZ VERDE
|
1.167
|
NEON LUZ ROSA
|
0.760
|
NEON LUZ ROXA
|
0.804
|
NEON LUZ VERMELHA
|
0.671
|
NEON LUZ AMARELA
|
0.840
|
NEON LUZ BRANCA
|
0.870
|
V-Elaboração do lay out dos postos de
trabalho/áreas das tarefas
Representar
graficamente sobre o lay out anterior os postos de trabalho e respectivas áreas
de trabalho. A identificação dos postos de trabalho com suas respectivas áreas
das tarefas é importante porque indica os pontos a serem aferidos, que,
posteriormente comporão o cálculo dos níveis de iluminamento;
VI-Medição dos níveis de iluminamento
dos postos de trabalho/áreas das tarefas
Anotar
os níveis de iluminamento respectivos correspondentes aos pontos identificados
no lay out. Cada medição deve corresponder ao ponto de medição respectivo. Para
evitar dúvidas, os níveis de iluminamento aferidos devem ser escritos nos
locais dos pontos. Caso não seja possível por motivo de espaço no papel,
escrever fora do lay out e colocar uma seta ligando o valor aferido ao ponto
indicadoi no lay out;
VII-Verificação das listas das
NHO-11:
-Quadro
A2 - Identificação e verificação de inconsistências no sistema de iluminação;
-Quadro
A3 - Lista de verificação do sistema de iluminação;
Seguir
a listagem e verificar a conformidade/não conformidade no ambiente. No caso de
existência de não conformidade, indicar as medidas corretivas no final do
relatório;
VIII-Trabalhar cientificamente os
dados a fim de obter as informações desejadas (eficiência e eficácia da
iluminação do ambiente laboral)
Conforme
“Anexo 4 – Exemplo de medição de
iluminância”, da NHO-11. Os dados devem ser trabalhados nos termos da
Norma. Os excludentes da Norma devem ser pensados de forma preventiva pelo
técnico de modo a manter o objetivo do trabalho, que é a otimização do sistema
de iluminamento de modo a garantir a eficácia.
No
HBS se encontra um formulário para guiar o técnico na coleta de dados[2].
Bom
trabalho.
Referencias:
[1] NHO-11 da FUNDACENTRO
[2] Formulário para coleta
de dados
Artigos relacionados:
Arquivos antigos do Blog
Para relembrar ou ler pela primeira vez
sugerimos nesta coluna algumas edições com assuntos relevantes para a área
prevencionista. Vale a pena acessar.
EDIÇÃO SUGERIDA
Veiculando as seguintes matérias:
CAPA
-“
Gestão
por competência na organização ”
Gestão por Competência é uma poderosa
ferramenta de gestão organizacional porque permite o alinhamento estratégico da
Gestão de Pessoas com a Estratégia da Organização.
COLUNA
FLEXÃO E REFLEXÃO
-“
Medições
de ruído ocupacional com celular “
Alguns profissionais de segurança do trabalho
estão realizando medições de ruído por meio de celulares, mas isso é legal? As
consequências de laudos e programas contendo medições de ruído ocupacional sem
embasamento técnico, científico e legal já são bem conhecidas pelos
empregadores (quando investem em segurança do trabalho e ainda são obrigados a
pagar adicionais de insalubridade indevidos, por exemplo).
COLUNA OS
RISCOS E SUAS IMPLICAÇÕES
-“
Características gerais físicas e biológicas das substancias
tóxicas “
As características químicas e toxicológicas
das substâncias são bem conhecidas e largamente detalhadas nas FISPQ – Fichas
de Segurança de Produtos Químicos, bem como, nos rótulos dos produtos. No
entanto, as características físicas e biológicas nem sempre acompanham esses
documentos legais.
Bom aprendizado.
Flexão
& Reflexão
Empresas
prevencionistas ocupacionais: Raridade no Brasil
O
segundo acidente fatal cometido pela Vale na barragem de Brumadinho nos deu a
certeza da rara existência da mentalidade prevencionista nas empresas
brasileiras.
Para
começo de conversa, por que as áreas de vivência foram construídas em local de
risco? Coisa que qualquer Técnico em Segurança do Trabalho meia colher sabe que
não pode. Mas quem escuta Técnicos de Segurança? Enquanto a titularidade
profissional for priorizada em detrimento do conhecimento e da experiencia
essas aberrações vão continuar acontecendo. E pior, já tinha escutado algo por
parte de Técnicos da própria Vale. Agora vejo alguns patetas nas emissoras de
TV chamando a atenção para a necessidade de leis que evitem esses
acidentes. O entrevistado se diz
especialista, é convidado pela TV para comentar o assunto, mas desconhece
completamente a existência de normas de proteção para a atividade de mineração.
Temos as leis mais avançadas do mundo sobre prevenção de riscos em mineração.
Aliás, a única coisa que o Brasil é primeiro mundo é em legislação. E não se
trata apenas da NR-22.[1] Além das demais
Normas Regulamentadoras aplicáveis (mais especificamente as NR-18, 21 e 24)[2],
há também outras normas nacionais e internacionais aplicáveis. Temos as Normas
Reguladoras de Mineração – NRM,[3] da Agencia Nacional de Mineração
e outras. Portanto, não foi por falta de leis que a barragem estourou, mas
por supervalorização de titularidades, desprezo pela experiencia e conhecimento
profissionais e, claro, regado pela pressão dos acionistas em obter maiores
lucros. Seria muito inocente de minha parte achar que a conclusão do laudo não
foi forçada, após o registro de várias irregularidades no corpo do próprio
laudo. Quanto a fiscalização, na prática, basta apresentar uma ART – Anotação de
Responsabilidade Técnica que qualquer lixo vira laudo confiável. Estou
mentindo? É a indústria da ART. O negócio é tão bom que até o recém-criado
Conselho dos Técnicos Industriais estão inventando uma versão de ART. E, não.
Não é para garantir a qualidade dos serviços. Médicos, esses incompetentes que
não garantem seus serviços (SQN). Sem contar que esses laudos são elaborados
individualmente. São poucos os profissionais que escutam os trabalhadores e
outros profissionais da área. Se acham especialistas e não precisam das
observações do baixo clero. Imagina quantos relatórios foram elaborados
chamando a atenção para os riscos dessa barragem de rejeitos sem ao menos terem
sido lidos pelos superiores hierárquicos? Quantos gerentes de empresas leem as
atas da CIPA? E os relatórios dos Técnicos? Somente em empresas onde os
funcionários não possuem vez nem voz, administradas por políticos e não por
técnicos, ocorrem esse tipo de coisa. Enquanto as empresas forem comandadas por
políticos assessorados por advogados esses crimes vão continuar acontecendo.
Engenharia é uma ciência exata. Por isso ela pode e deve garantir a
estabilidade de uma porcaria de uma barragem de rejeitos. A última palavra deve
ser sempre do técnico responsável pelo projeto. Enquanto os políticos buscam
atender interesses relacionados a propinas e ao politicamente idiota, os
advogados transformam a engenharia numa coisa ambígua, relativa e cheia de
falhas. Desse modo, transformam todo conhecimento científico numa piada. Nem
todo acidente é fatalidade. Fatalidade é cair um raio na cabeça. Acidentes de
trabalho típicos podem e devem ser evitados. Acidentes de engenharia não devem
existir. O povo brasileiro já está de saco cheio de politicamente idiotas e de
frescos. Prova disso foi a recente eleição do Bolsonaro. Enquanto o povo
clamava numa direção, o PT direcionava os ouvidos para outra. Perderam feio e
dificilmente voltarão ao poder (mesmo que o atual governo não tenha sucesso,
gravem isso). Em democracias a maioria decide. Se eu estou preocupado com as
alterações das leis trabalhistas, desmonte do Ministério do Trabalho e reforma
da previdência? Nem um pouco (sim, a reforma da previdência é necessária,
apesar de não ser a causa ou a solução para a crise)[4]. Mas claro
que há problemas na reforma da previdência. Não está havendo interesse quanto a
redução dos benefícios dos maiores beneficiários, integrantes dos três poderes.
E um carpinteiro de obras, por exemplo, não tem condições de chegar aos 65 anos
de idade montando formas na construção civil (não tem mais lombar para isso). Informações
confiáveis são as oficiais, indexadas e com revisão de pares e não pregação
apologética e conversa de jornalista. Existe coisa mais politicamente idiota do
que licitação com critério baseado apenas no preço? Eu não participo de
licitação. O critério de menor preço é criminoso. Por exemplo: uma proposta
para elaborar um programa de segurança ocupacional conforme a legislação, com
levantamento ambiental, instrumentos calibrados e aprovados, avaliação
laboratorial e que não causará prejuízos a empresa, não pode custar somente
duzentos reais. E quem aceita isso é criminoso, como os engenheiros que foram
ver Brumadinho nascer quadrado. Recusem veementemente participar de licitações
onde os critérios são baseados unicamente no preço do serviço e no pagamento de
propinas. Essa prática pode sair muito cara futuramente.
Empresas
com hierarquias muito fortes tendem a delegar comandos a caciques políticos,
incompetentes, cerceadores, mutilantes e constrangedores. Basta apenas que
esses caciques se identifiquem (ou finjam ter) com a ideologia dos superiores. Não
sei porque, mas algumas empresas de verdade (privadas) adotam políticas,
crenças, filosofias, ideologias e outras idiotices de empresas de mentirinha
(públicas). Será que algum profissional
do SESMT da Vale teve a coragem de relatar que algo estava errado com a
barragem? Talvez o medo de perder o emprego dentro de uma empresa com comando
politizado e em um País recessivo como o nosso tenha falado mais alto. Muitas
pessoas perderam suas vidas de modo terrível. Morrer asfixiado é uma das piores
mortes que existe. Acho que perde apenas para a morte pelo fogo.
Algo
que me deixa triste é ver profissionais de segurança e saúde fazendo piada com
prevenção ocupacional. Utilização de cartazes com humoristas e de palhaços para
falar de prevenção não é uma boa ideia. Segurança ocupacional é uma ciência e
deve ser tratada como tal. Não precisa de pregações e nem de piadas para ser
aceita ou assimilada. Isso somente desclassifica e transforma uma ciência tão
séria em algo sem importância. Respirar vapores de hidrocarbonetos aromáticos não
deixa ninguém “bisonho” nem “noiado”, mas causa sérios problemas de saúde, como
a leucemia ou câncer de sangue, sendo um dos efeitos o torpor e sintoma a
anemia. É desse modo que deve ser tratada a segurança no trabalho, com a
seriedade que a mesma exige, não como uma piada de mau gosto. Se você que é da
área não leva seu trabalho a sério, quem vai levar? A quem interessa esse tipo
de espetáculo com informações supérfluas? Você não tem competência para ministrar
um treinamento decente? Os profissionais da empresa devem ser priorizados em
relação aos terceirizados. Valorize a si mesmo e ao seu trabalho. Pense nisso.
Referencias:
[1] NR-22
[2]
NR-18, 21 e 24
[3] Normas
Reguladoras de Mineração – NRM e outras
[4] A
reforma da previdência é necessária
Artigos relacionados:
Ajuda para profissionais de RH/GP e
Administradores
Aqui selecionamos uma série de artigos sobre assuntos de
interesse do Departamento de Recursos Humanos ou de Gestão de Pessoas das
Organizações. Postados de forma sequenciada, os profissionais podem acessar as
informações completas apenas clicando sobre os títulos na ordem em que se
apresentam. Para não sair desta página, o leitor deverá clicar sobre o título
com o mouse esquerdo e em seguida clicar em “abrir link em nova guia”, após
marcar o título.
Boa leitura.
[1] Auxílio para Gestão do
Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP
[2] Auxílio para Gestão de
SSO na área de RH/GP
[4] Auxílio para CIPA
Os riscos e suas implicações
Ponto
de orvalho
O
Ponto de Orvalho é importante para determinação do conforto térmico nos locais
de trabalho. É a Segurança do Trabalho lançando mão da ciência para melhoria
das condições de trabalho.
Na
NR-17[1], temos:
“17.5.2. Nos locais de trabalho onde são
executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes,
tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de
desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as
seguintes condições de conforto:
a) níveis de ruído de acordo com o
estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no INMETRO;
b) índice de temperatura efetiva
entre 20 oC (vinte) e 23 oC
(vinte e três graus centígrados);
c) velocidade do ar não superior a
0,75m/s;
d) umidade relativa do ar não inferior
a 40 (quarenta) por cento).”
A
umidade relativa do ar não pode ser inferior a 40% nos postos de trabalho
descritos. Tal exigência legal decorre do fato de que ambientes com taxa de
umidade relativa muito baixa ocasiona:[2]
EFEITO
NOS OLHOS:
a) Ressecamento da superfície do globo ocular
ocasionando aumento das piscadas com o objetivo de manter a lubrificação nesse
local. O ato de piscar “lava” a superfície do globo ocular e a lágrima funciona
como detergente;
b) Irritação da superfície do globo ocular;
c) Inflamações devido ao atrito das pálpebras
com a superfície do globo ocular;
d) Penetração de vírus e bactérias,
principalmente as bactérias do tipo “cocos”;
e) Sonolência (Fenômeno “Olhos pesados”);
f) Ato de coçar os olhos podendo levar ao
deslocamento e deformação da retina, bem como, contaminação pelas mãos sujas;
EFEITOS
FISIOLÓGICOS:
a) Redução da sudorese e da velocidade de
evaporação com consequente redução da temperatura do corpo (Para ambientes não
climatizados e %RH em torno de 90%);
b) Desconforto térmico ou sensação de calor
opressivo com impacto na capacidade de concentração.
Naturalmente,
o ar que nos circunda possui certo percentual de vapor de água, dependendo das
estações do ano. No verão, por exemplo, o ar se encontra bastante úmido porque
contém elevada umidade relativa, ou seja, ele contém quase tanta umidade quanto
pode reter. Podemos dar como exemplo, o seguinte: Se um metro cúbico de ar
contém 10 gramas de vapor de água, cujo ponto de saturação é 20 gramas, sua
umidade relativa é de 50%.
Portanto,
a Umidade Relativa (%RH) é a relação entre o vapor de água que ele contém e o
que conteria em seu ponto de saturação, sendo dado pela fórmula:[3]
%RH = (M / Mo) x 100%
Onde,
M é massa de vapor de água no ar e Mo a massa de vapor de água saturado.
Também
poderá ser expressa em função da pressão parcial:
%RH = (P/Po) x 100%
Onde, P é a pressão parcial de vapor de água e
Po é a pressão de vapor saturado.
Pressão
de vapor saturado é a pressão em que o vapor e o líquido encontram-se em
equilíbrio (o número de moléculas de vapor que se condensam é igual ao número
de moléculas do líquido que evaporam).
Adicionando
determinado volume de ar numa dada temperatura (T), aumenta-se a pressão parcial
do vapor de água. Quando esta pressão parcial for igual à pressão de vapor
nesta temperatura (T), o ar estará saturado.
Umidade
Relativa (%RH) de um volume de ar é a relação entre o vapor de água que ele
contém e o que conteria se estivesse saturado:
% RH
= M/M’ x 100, onde:
M = Massa de vapor de água no ar;
M’ =
Massa de vapor de água saturado.
Ex.:
Se um metro cúbico de ar contém 20 gramas de vapor de água, mas pode conter 40
gramas, a RH dele é de 50%.
Seu
valor se encontra acima da metade da capacidade máxima ou ponto de saturação do
ar ambiente. Esse valor dever ser superior a 40 % RH nos postos de trabalho.
Abaixo disso, há problemas no organismo, como boca seca, ressecamento e
rachadura nos lábios, garganta e nariz, ressecamento dos olhos, etc O valor máximo não foi estipulado devido a
impossibilidade de ocorrência de altos valores nas situações previstas na
NR-17.
A
umidade relativa pode aumentar devido ao aumento da quantidade de vapor de água
no ar, numa certa temperatura. Também, pela diminuição da temperatura do ar, levando
a redução da pressão de vapor saturado. Isso ocorre porque a queda da
temperatura provoca a saturação do ar em função dos vapores de água suspensos
no ar, resultando na formação da neblina.
PONTO DE ORVALHO[4]
Mas e
o Ponto de Orvalho?
Ponto de Orvalho é a temperatura em
que o ar úmido fica saturado.
O
orvalho é um fenômeno físico no qual a umidade presente no ar precipita por
condensação na forma de gotas, pela diminuição da temperatura ou em contato com
superfícies frias. Ou seja, corresponde ao processo contrário ao da evaporação.
Pode ser entendido também como um fenômeno vinculado à capacidade do ar de incorporar
e reter vapor de água. Para uma dada temperatura há um teor máximo de vapor a
ser incorporado ao ambiente. Tal capacidade máxima aumenta à medida que a
temperatura do ar aumenta. Por exemplo, ao nível do mar, um ambiente a 30 °C
pode conter um máximo de 27 gramas de vapor por quilograma de ar seco. No mesmo
ambiente, mas a 0 °C, apenas pode ser incorporado um máximo de quatro gramas de
vapor por quilograma de ar seco. Assim, caindo a temperatura no ambiente, há condensação
do excesso de vapor de água. O esfriamento noturno do solo e da camada de ar
adjacente, em função das perdas de energia por emissão de radiação
infravermelha, contribui significativamente para a produção do sereno. E ocorre
com mais frequência nas noites com tempo calmo, quando a baixa temperatura do solo afeta o ar, fazendo o
vapor atingir o ponto de saturação.
CÁLCULO DO PONTO DE ORVALHO
A temperatura
do ar, expressa através da medida do termômetro de bulbo seco (tbs), a temperatura
de bulbo úmido natural (tbn), a umidade relativa do ar (%RH) e o Ponto de Orvalho
(PO) estão relacionados entre si. Enquanto a temperatura do ar (tbs)
corresponde a medida da energia térmica no ar, a umidade relativa do ar (%RH) é
a medida de vapor de água. O Ponto de Orvalho (PO) é a temperatura na qual o
vapor de água começa a condensar em água líquida. Para determinar esses três
valores precisamos das medidas das temperaturas. Após medição das temperaturas
o técnico deve fazer uso de diagramas específicos que permitem calcular a umidade
relativa do ar e o Ponto de Orvalho. Mas para isso, deve-se calcular a
depressão do tbn subtraindo a temperatura dele da do tbs:
Exemplo:
tbs =
37 °C
tbn =
34,4 °C.
Depressão
do tbn ou Depressão Psicrométrica (Dp) = 37 - 34,4 => Dp = 2,6
CÁLCULO DA UMIDADE RELATIVA DO AR
(%RH)
Para
calcular o Ponto de Orvalho é necessário calcular primeiro a %RH. A umidade
relativa pode ser conhecida por meio de aparelhos como higrômetros,
psicrômetros e dewchecks;[5]
O
método utilizado para determinação da umidade relativa depende do objetivo ou
da precisão exigida no resultado. Para fins de segurança e saúde ocupacional
pode-se utilizar aparelhos ou cálculo de tabelas, sendo as medições ao nível do
tórax dos trabalhadores (tanto sentado quanto de pé). Para isso, deve ser
utilizado o Diagrama de Umidade Relativa:
|
Dp = tbs
- tbn
|
tbs
|
0,0
|
0,5
|
1,0
|
1,5
|
2,0
|
2,5
|
3,0
|
3,5
|
4,0
|
4,5
|
5,0
|
5,5
|
6,0
|
6,5
|
7,0
|
7,5
|
8,0
|
8,5
|
9,0
|
0ºC
|
100
|
90
|
82
|
72
|
65
|
56
|
48
|
40
|
31
|
25
|
15
|
8
|
0
|
|
|
|
|
|
|
1ºC
|
100
|
91
|
83
|
74
|
66
|
58
|
50
|
41
|
34
|
26
|
18
|
10
|
5
|
0
|
|
|
|
|
|
2ºC
|
100
|
91
|
84
|
75
|
68
|
60
|
52
|
45
|
37
|
30
|
22
|
15
|
7
|
2
|
0
|
|
|
|
|
3ºC
|
100
|
92
|
84
|
76
|
69
|
62
|
54
|
47
|
40
|
32
|
26
|
18
|
11
|
5
|
0
|
|
|
|
|
4ºC
|
100
|
92
|
85
|
77
|
70
|
64
|
56
|
50
|
42
|
35
|
29
|
24
|
15
|
10
|
3
|
0
|
|
|
|
5ºC
|
100
|
93
|
86
|
78
|
72
|
65
|
58
|
51
|
45
|
38
|
32
|
26
|
19
|
13
|
7
|
2
|
0
|
|
|
6ºC
|
100
|
93
|
86
|
79
|
73
|
66
|
60
|
54
|
47
|
40
|
35
|
29
|
23
|
17
|
10
|
5
|
0
|
|
|
7ºC
|
100
|
93
|
87
|
79
|
74
|
67
|
61
|
55
|
49
|
43
|
37
|
31
|
26
|
20
|
15
|
9
|
3
|
0
|
|
8ºC
|
100
|
93
|
87
|
80
|
75
|
69
|
63
|
56
|
51
|
45
|
40
|
34
|
29
|
23
|
18
|
13
|
7
|
3
|
0
|
9ºC
|
100
|
94
|
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|
81
|
76
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64
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59
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53
|
47
|
42
|
36
|
31
|
26
|
21
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16
|
11
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6
|
2
|
10ºC
|
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|
94
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82
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76
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71
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65
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60
|
54
|
49
|
44
|
39
|
34
|
29
|
24
|
19
|
15
|
10
|
5
|
11ºC
|
100
|
95
|
88
|
83
|
77
|
72
|
66
|
61
|
56
|
51
|
45
|
41
|
36
|
31
|
27
|
22
|
18
|
13
|
8
|
12ºC
|
100
|
95
|
89
|
83
|
78
|
73
|
68
|
63
|
57
|
53
|
47
|
43
|
38
|
33
|
29
|
25
|
20
|
17
|
12
|
13ºC
|
100
|
95
|
89
|
84
|
78
|
74
|
69
|
64
|
59
|
54
|
48
|
45
|
40
|
36
|
32
|
27
|
23
|
19
|
15
|
14ºC
|
100
|
95
|
90
|
84
|
79
|
74
|
70
|
65
|
60
|
55
|
50
|
47
|
42
|
38
|
34
|
30
|
26
|
22
|
18
|
15ºC
|
100
|
95
|
90
|
84
|
80
|
75
|
71
|
66
|
61
|
57
|
52
|
48
|
44
|
40
|
36
|
32
|
28
|
24
|
20
|
16ºC
|
100
|
95
|
90
|
85
|
81
|
76
|
71
|
67
|
63
|
58
|
53
|
50
|
46
|
42
|
38
|
34
|
30
|
26
|
22
|
17ºC
|
100
|
95
|
90
|
85
|
81
|
77
|
72
|
68
|
64
|
60
|
55
|
51
|
47
|
43
|
40
|
36
|
32
|
28
|
25
|
18ºC
|
100
|
95
|
90
|
86
|
82
|
77
|
73
|
69
|
65
|
61
|
56
|
53
|
49
|
45
|
42
|
38
|
34
|
30
|
27
|
19ºC
|
100
|
95
|
91
|
86
|
82
|
78
|
74
|
70
|
66
|
61
|
57
|
54
|
50
|
46
|
43
|
39
|
36
|
32
|
28
|
20ºC
|
100
|
96
|
91
|
87
|
83
|
78
|
74
|
71
|
66
|
62
|
58
|
55
|
51
|
47
|
45
|
41
|
39
|
34
|
31
|
21ºC
|
100
|
96
|
91
|
87
|
83
|
79
|
75
|
71
|
67
|
63
|
60
|
56
|
53
|
49
|
46
|
42
|
39
|
36
|
33
|
22ºC
|
100
|
96
|
92
|
87
|
83
|
80
|
76
|
72
|
68
|
64
|
61
|
57
|
54
|
50
|
47
|
44
|
40
|
37
|
35
|
23ºC
|
100
|
96
|
92
|
87
|
84
|
80
|
76
|
72
|
69
|
66
|
62
|
59
|
55
|
52
|
48
|
45
|
42
|
39
|
37
|
24ºC
|
100
|
96
|
92
|
88
|
84
|
80
|
77
|
73
|
70
|
67
|
63
|
60
|
56
|
53
|
50
|
46
|
44
|
40
|
38
|
25ºC
|
100
|
96
|
92
|
88
|
84
|
80
|
77
|
74
|
70
|
67
|
63
|
61
|
57
|
54
|
51
|
47
|
45
|
42
|
39
|
26ºC
|
100
|
96
|
92
|
88
|
85
|
81
|
78
|
74
|
71
|
68
|
64
|
61
|
58
|
55
|
52
|
49
|
46
|
43
|
40
|
27ºC
|
100
|
96
|
92
|
88
|
85
|
81
|
78
|
74
|
71
|
69
|
65
|
62
|
58
|
56
|
52
|
50
|
47
|
44
|
42
|
28ºC
|
100
|
96
|
93
|
89
|
85
|
82
|
78
|
75
|
72
|
59
|
65
|
62
|
59
|
57
|
54
|
51
|
48
|
45
|
42
|
29ºC
|
100
|
96
|
93
|
89
|
86
|
82
|
79
|
75
|
72
|
69
|
66
|
63
|
60
|
58
|
55
|
52
|
49
|
46
|
44
|
30ºC
|
100
|
96
|
93
|
89
|
86
|
83
|
79
|
76
|
73
|
70
|
67
|
64
|
61
|
58
|
55
|
53
|
50
|
47
|
45
|
31ºC
|
100
|
96
|
93
|
89
|
86
|
83
|
80
|
77
|
73
|
70
|
67
|
64
|
62
|
59
|
56
|
53
|
51
|
48
|
46
|
32ºC
|
100
|
96
|
93
|
90
|
86
|
83
|
80
|
77
|
74
|
71
|
68
|
65
|
62
|
60
|
57
|
54
|
52
|
49
|
47
|
33ºC
|
100
|
96
|
93
|
90
|
87
|
83
|
80
|
77
|
74
|
71
|
69
|
65
|
63
|
60
|
58
|
55
|
53
|
50
|
47
|
34ºC
|
100
|
97
|
93
|
90
|
87
|
84
|
81
|
78
|
75
|
72
|
69
|
66
|
64
|
61
|
58
|
56
|
53
|
51
|
48
|
35ºC
|
100
|
97
|
93
|
90
|
87
|
84
|
81
|
78
|
75
|
72
|
70
|
67
|
64
|
62
|
59
|
57
|
54
|
52
|
49
|
36ºC
|
100
|
97
|
93
|
90
|
87
|
84
|
81
|
78
|
76
|
73
|
70
|
67
|
65
|
62
|
60
|
57
|
55
|
52
|
50
|
37ºC |
100
|
97
|
94
|
90
|
87
|
84
|
82
|
79
|
76
|
73
|
71
|
68
|
65
|
63
|
60
|
58
|
55
|
53
|
51
|
38ºC |
100
|
97
|
94
|
91
|
88
|
85
|
82
|
79
|
76
|
74
|
71
|
68
|
66
|
63
|
61
|
58
|
56
|
54
|
52
|
39ºC |
100
|
97
|
94
|
91
|
88
|
85
|
82
|
79
|
77
|
74
|
71
|
69
|
66
|
64
|
61
|
59
|
57
|
54
|
52
|
40ºC |
100
|
97
|
94
|
91
|
88
|
85
|
82
|
80
|
77
|
74
|
72
|
69
|
67
|
64
|
62
|
60
|
57
|
55
|
53
|
Fonte
do Diagrama: cogumelohobby.com/umidade_relativa.htm
Percebemos que para esses valores de tbs e Dp
a umidade relativa do ar é de 84%.
Conhecida
a %RH, é possível calcular o Ponto de Orvalho ou medir o mesmo através de
equipamentos. Para cálculo, podemos utilizar instrumentos ou o Diagrama do
ponto de Orvalho:
TABELA
PONTO DE ORVALHO (ESTIMADO)
tbs
|
UMIDADE RELATIVA
(%RH)
|
10
|
20
|
30
|
40
|
50
|
60
|
70
|
80
|
90
|
40
|
3,0
|
13,0
|
19,3
|
24,0
|
27,7
|
30,8
|
33,5
|
35,9
|
38,1
|
39
|
2,2
|
12,2
|
18,4
|
23,1
|
26,8
|
29,9
|
32,6
|
35,0
|
37,1
|
38
|
1,4
|
11,4
|
17,6
|
22,2
|
25,9
|
29,0
|
31,6
|
34,0
|
36,1
|
37
|
0,7
|
10,5
|
16,7
|
21,3
|
24,9
|
28,0
|
30,7
|
33,0
|
35,1
|
36
|
-0,1
|
9,7
|
15,8
|
20,4
|
24,0
|
27,1
|
29,7
|
32,0
|
34,1
|
35
|
-0,9
|
8,8
|
15,0
|
19,5
|
23,1
|
26,1
|
28,7
|
31,1
|
33,1
|
34
|
-1,7
|
8,0
|
14,1
|
18,6
|
22,2
|
25,2
|
27,8
|
30,1
|
32,1
|
33
|
-2,5
|
7,2
|
13,2
|
17,7
|
21,2
|
24,2
|
26,8
|
29,1
|
31,1
|
32
|
-3,3
|
6,3
|
12,3
|
16,8
|
20,3
|
23,3
|
25,9
|
28,1
|
30,2
|
31
|
-4,1
|
5,5
|
11,5
|
15,9
|
19,4
|
22,3
|
24,9
|
27,2
|
29,2
|
30
|
-4,7
|
4,7
|
10,6
|
15,0
|
18,5
|
21,4
|
23,9
|
26,2
|
28,2
|
29
|
-5,5
|
3,8
|
9,7
|
14,1
|
17,6
|
20,5
|
23,0
|
25,2
|
27,2
|
28
|
-6,3
|
3,0
|
8,9
|
13,2
|
16,6
|
19,5
|
22,1
|
24,3
|
26,2
|
27
|
-7,1
|
2,2
|
8,0
|
12,3
|
15,7
|
18,6
|
21,1
|
23,3
|
25,2
|
26
|
-7,8
|
1,4
|
7,1
|
11,4
|
14,8
|
17,7
|
20,1
|
22,3
|
24,2
|
25
|
-8,6
|
0,5
|
6,2
|
10,5
|
13,9
|
16,7
|
19,2
|
21,3
|
23,2
|
24
|
-9,4
|
0,3
|
5,4
|
9,6
|
12,9
|
15,8
|
18,2
|
20,4
|
22,3
|
23
|
-10,2
|
1,1
|
4,5
|
8,7
|
12,0
|
14,8
|
17,2
|
19,4
|
21,3
|
22
|
-10,9
|
2,0
|
3,6
|
7,8
|
11,1
|
13,9
|
16,3
|
18,4
|
20,3
|
21
|
-11,7
|
2,8
|
2,7
|
6,9
|
10,2
|
12,9
|
15,3
|
17,4
|
19,3
|
20
|
-12,5
|
3,7
|
1,9
|
6,0
|
9,2
|
12,0
|
14,4
|
16,5
|
18,3
|
19
|
-13,3
|
4,5
|
1,0
|
5,1
|
8,3
|
11,0
|
13,4
|
15,5
|
17,3
|
18
|
-14,0
|
5,4
|
0,1
|
4,2
|
7,4
|
10,1
|
12,4
|
14,5
|
16,4
|
17
|
-14,8
|
6,2
|
0,8
|
3,3
|
6,5
|
9,2
|
11,5
|
13,5
|
15,4
|
16
|
-15,6
|
7,0
|
1,6
|
2,4
|
5,5
|
8,2
|
10,5
|
12,6
|
13,4
|
15
|
0,0
|
7,8
|
2,5
|
1,5
|
4,6
|
7,3
|
9,6
|
11,6
|
12,4
|
O
Ponto de Orvalho é de aproximadamente 33,0 °C (32,96 oC).[6]
A
maioria dos trabalhadores (principalmente as mulheres, que possuem um
metabolismo inferior ao do homem), começam a sentir desconforto quando o Ponto
de Orvalho fica acima de 20 oC. O ar ambiente com Ponto de Orvalho
acima de 23 oC, por exemplo, já é muito úmido. Como ilustração de
orvalho, podemos citar a condensação do ar ambiente relativamente aquecido
sobre as paredes externas de um copo de cerveja gelado. Ocorre que o ar próximo
ao copo se esfria e fica saturado, condensando o vapor de água presente no ar
nas paredes do copo, como gotas de orvalho.
Como
vimos, a umidade relativa do ar é um dos elementos que pode gerar desconforto
térmico num ambiente de trabalho. Para que sua contribuição seja positiva,
quando associado aos demais elementos responsáveis por esse resultado, o mesmo
não deve ser inferior a quarenta por cento. Não sendo citado o nível máximo
porque uma condição muito superior a essa não seria possível no ambiente de
trabalho mencionado no item 17.5.2. da NR-17.
Para
aferição da umidade relativa do ar, há aparelhos disponíveis no mercado.
Lembrando que as aferições devem ser tomadas em condições normais de trabalho e
ao nível do tórax do trabalhador. A
calibração e a limpeza do aparelho são importantes porque esses valores geralmente
situam-se muito próximos uns dos outros. A poeira depositada sobre o sensor do
aparelho pode causar erros absurdos, daí a importância da limpeza.
Na
área ocupacional, o conhecimento sobre o Ponto de Orvalho do ambiente,
juntamente com os demais dados, é importante para determinação do conforto
térmico de trabalhadores. Muito útil em Análises Ergonômicas do Trabalho – AET.
Mas há muitas outras aplicações, como na meteorologia, agricultura, pinturas de
superfícies, etc
Webgrafia:
[1]
NR-17
[2] Efeitos
da umidade relativa do ar na saúde
[3] Umidade
relativa do ar
[4]
Ponto de Orvalho
[5]
Aparelhos para medir a umidade relativa do ar
[6]
Cálculo do Ponto de Orvalho
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RESPOSTA DO TESTE 11:
Uma construtora vai
contratar um pedreiro para trabalhar no revestimento da fachada de uma
edificação em obras. Pergunta-se:
a) Quais são os exames
médicos ocupacionais que o pedreiro deve fazer, de acordo com a NR-07?
R-Clínico-ocupacional, audiometria, espirometria, glicemia de
jejum, EEG, ECG;
b) Qual é o prazo para
fazer os exames médicos ocupacionais, de acordo com a NR-07?
R-Admissional e anual, exceto, audiometria, que deve ser
realizado na admissão, seis meses após admissão e depois anual;
c) Quais são os
treinamentos de SST que o pedreiro deve fazer, de acordo com as NR aplicáveis?
R-Ordem de Serviço (NR-01), Admissional (NR-18), Uso de andaimes
ou cadeiras (NR-18) e Trabalhos em Altura (NR-35);
d) Qual é o prazo para
realizar os treinamentos de SST, de acordo com as NR aplicáveis?
R-Anual ou quando houver mudança de obra ou na
atividade/operação/ambiente/equipamento/ferramenta do profissional;
e) Qual é a qualificação
ou capacitação profissional que o pedreiro deve ter, de acordo com a NR-18?
R-Seis messes de carteira ou capacitação na obra;
f) Quais são os documentos
que o Técnico de Segurança deve juntar no prontuário individual do trabalhador
para apresentar a fiscalização?
R-Ficha de Registro, Ordem de Serviços, ASO, Ficha EPI, Atas
treinamentos/capacitação, certificado treinamento altura/capacitação;
g) Qual é o prazo de
realização do exame audiométrico, de acordo com a NR-07?
R-Ver item “b”;
h) Quais são os EPI a
serem entregues ao pedreiro, de acordo com as NR 06 e 18?
R-Botinas, capacete com jugular, luvas impermeáveis, óculos
segurança lente escura, respirador poeiras, protetor auricular, cinto de
segurança paraquedista;
i) Quais são os EPC que
devem ser instalados, de acordo com a NR-18?
R-Linha de vida vertical com trava-quedas;
j) Quais são os
procedimentos de SST a serem executados antes de iniciar as atividades?
R-Elaborar e executar APR e PT;
TESTE 12:
Conforme definições
constantes na NR-20, que trata da segurança e saúde no trabalho com inflamáveis
e combustíveis, é correto afirmar que:
a) líquido combustível é
todo aquele que possui ponto de fulgor igual ou inferior a 60 °C.
b) líquido inflamável é
todo aquele que possui ponto de fulgor superior a 60 °C e igual ou inferior a
93 °C.
c) líquido inflamável é
todo aquele que possui ponto de fulgor inferior a 70 °C
d) líquido combustível é
todo aquele que possui ponto de fulgor igual ou superior a 70 °C e inferior a
93,3 °C.
e) líquido inflamável é
todo aquele que possui ponto de fulgor igual ou inferior a 60 °C.
Bom divertimento.
RESPOSTA DO TESTE 12:
Resposta na próxima edição.
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Aviso aos leitores:
O Blogger está cada dia mais complicado. Continua apresentando problemas. As postagens desarrumam, alteram o tamanho das fontes aleatoriamente, não salvam, não publicam, não permitem correção, etc Esses problemas dificultam que o HBI seja publicado nas datas corretas. Na verdade, perco muito mais tempo tentando publicar o HBI do que na sua elaboração. Passei todo o dia de domingo clicando no botão "Publicar" e aparecia uma mesangem "Ocorreu um erro ao tentar salvar ou publicar sua postagem. Tente novamente." São problemas recorrentes, sempre presentes. Também há uma defasagem entre custo e benefício. É muito esforço para pouco retorno. A quantidade de acessos é muito baixa e quase não há compartilhamentos. Em função dessas dificuldades, certamente deixarei de publicar o HBI e utilizar o Blogspot. Não tem condições de continuar publicando aqui.
Quando do encerramento das postagens neste espaço, as publicações serão postadas no HBS:
http://heitorborbasolucoes.com.br/categorias/materiais-para-baixar/
As edições do HBI já publicadas continuarão sendo acessadas normalmente até que o Sr. Google permita. Alguém disse que "nada de graça presta". Por isso, de uns tempos para cá decidi pagar, mas não melhorou. Ninguém responde às reclamações, fazem pouco caso dos clientes. E não tenho mais tempo e nem paciencia para isso. Lamentável.
Peço desculpas pelo inconveniente.
Obrigado pela visita.