Artigos da Heitor Borba Soluções em Segurança do Trabalho

HEITOR BORBA INFORMATIVO N 111 NOVEMBRO DE 2017


Recife/PE, novembro de 2017 – Exemplar no 00111 – Publicação Mensal





Atuação prática do Assistente Técnico Pericial Trabalhista





Prosseguindo com a série de artigos sobre Assistente Técnico Pericial Trabalhista, vamos nos deter agora no exame da atuação deste profissional na perícia propriamente dita.



Enquanto os Assistentes Técnicos representam a parte que o indicou, na defesa dos seus interesses, os peritos são os olhos e os ouvidos do juiz. Mas há leis mais rígidas que regulamentam a atuação do perito. Como não é objeto deste artigo, vamos deixar o perito de lado por enquanto.


A atuação prática do Assistente Técnico na perícia consiste em:

a) Receber o comunicado do perito em relação ao dia e hora da realização da perícia;


b) Separar a documentação de defesa para entrega ao perito;


c) Chegar antes do horário para organização do local para recepção do perito;


d) Recepção do perito;


e) Acompanhamento da perícia;


f) Envio de documentos posteriores a visita do perito;


g) Aguardar o laudo para possíveis contestações.



RECEBER O COMUNICADO DO PERITO EM RELAÇÃO AO DIA E HORA DA REALIZAÇÃO DA PERÍCIA

O perito é obrigado a comunicar o dia e hora da perícia ao(s) Assistente(s) Técnico(s) da(s) parte(s), conforme parágrafo segundo do Artigo 466 da Lei nº 13.105, de 16 de março de  2015 (Código do Processo Civil – CPC):[1]§ 2o O perito deve assegurar aos assistentes das partes o acesso e o acompanhamento das diligências e dos exames que realizar, com prévia comunicação, comprovada nos autos, com antecedência mínima de 5 (cinco) dias.

Daí, deve o Assistente Técnico estudar o processo (inicial) relacionado com a petição que pretende defender, verificar as respostas do questionário anteriormente elaborado, juntar todas as provas beneficentes da sua parte e aguarda a perícia. Muitos peritos respondem o questionário elaborado pelo Assistente Técnico no momento da perícia. Por isso é preciso se preparar antes para as respostas que serão dadas ao perito, com as devidas evidencias ou provas comprobatórias.



SEPARAR A DOCUMENTAÇÃO DE DEFESA PARA ENTREGA AO PERITO

A documentação de defesa depende do assunto peticionado. Se for insalubridade deve o Assistente Técnico juntar os seguintes documentos relacionado ao reclamante:

a) Ordem de Serviços;


b) Fichas ou Listas de Treinamentos;


c) Recibos de Entrega e Controle de EPI;


d) Recibos Comprobatório da Higienização dos EPI;


e) ASO – Atestado de Saúde Ocupacional, inicial e demissional;


f) Levantamento Ambiental (LTCAT, Laudo de Insalubridade, PPRA ou outros);


g) FISPQ - Fichas de Segurança de Produtos Químicos;


h) Rótulos dos produtos químicos;


Lembrando que documento é formulário devidamente preenchido. A Ficha de EPI, por exemplo, deve constar no mínimo a descrição do EPI, as datas de entrega e devolução, o CA e a assinatura do trabalhador.  O Levantamento Ambiental deve conter o dimensionamento das exposições, considerando o tempo de exposição e a atenuação oferecida pelo EPI, além dos valores das intensidades ou concentrações dos agentes nocivos. Laudos ou medições ambientais contendo apenas os valores das intensidades ou concentrações dos agentes nocivos servem apenas para prejudicar a empresa numa perícia ou eventual fiscalização. Interessante que em todos os eventos sobre segurança do trabalho que participo, não são repassadas essas informações. Mas perdem um tempo enorme tentando convencer os presentes sobre a obrigatoriedade da emissão da ART – Anotação de Responsabilidade Técnica (que nem é tão obrigatória assim). Ou seja, não querem informar coisa nenhuma. O interesse é apenas de reserva de mercado. A paranoia da ART é tão grande que tem empresa exigido ART até de PCMSO e de curso de CIPA. Fala sério. Quem quer informar faz isso aqui, publica na net para que todos possam ler gratuitamente.



CHEGAR ANTES DO HORÁRIO PARA ORGANIZAÇÃO DO LOCAL PARA RECEPÇÃO DO PERITO

O Assistente Técnico (nesse caso da empresa) deve chegar antes do horário da perícia. Essa recomendação decorre da necessidade de organizar o local onde o perito fará as anotações e realizará as medições in loco. Deve ser reservada uma mesa com cadeiras para as diligencias administrativas. O local de trabalho a ser periciado deve ser limpo e organizado e não deve aparecer funcionários estranhos ao setor ou de função não correlata no momento da perícia. Gente fina com o perito não é bem-vinda nessa hora. Também é necessário instruir os paradigmas e os demais acompanhantes da perícia. Instruir não é ensinar a eles como mentir para o perito. Eles devem ser instruídos a falar a verdade, mas salientando alguns detalhes que o reclamante geralmente não vai dizer ao perito. Por exemplo, o reclamante operou a betoneira em apenas uma ocasião, quando o operador faltou ao trabalho, mas na petição geralmente vai constar que o tal “operava a betoneira”. Os verbos no gerúndio e no pretérito imperfeito podem ser perigosos para as empresas.



RECEPÇÃO DO PERITO

O perito deve ser recepcionado pelo Assistente Técnico já na portaria da empresa. O pronome de tratamento adequado para o perito é senhor perito e doutor fulano. Lembre-se que o perito é um emissário do juiz e possuir força de lei. No entanto, deve se evitar as constrangedoras bajulações e demonstrações de medo ou inferioridade ante a pessoa do perito. Nesse momento, deve ser acertado com o perito por onde ele gostaria de iniciar a perícia, se nas diligencias administrativas ou práticas, no local de trabalho.



ACOMPANHAMENTO DA PERÍCIA

A perícia deve ser conduzida com naturalidade, deixando o perito à vontade para que possa se deslocar no ambiente de trabalho livremente. Não pode haver constrangimento e impedimento de acesso do perito aos locais. A negação de informações influi negativamente no resultado da perícia.  No entanto, é obrigação do Assistente Técnico informar o posto ou local de trabalho do reclamante e relacionar todos os elementos que possuem ou não relação com o reclamante. Evitar também a formação da famosa rodinha de informantes em torno do perito. Isso prejudica a passagem de informações. Lembro que o perito é como se fosse um auditor e como regra básica nunca se deve entregar a pasta com todos os documentos ao mesmo. Mas à medida que o perito vai solicitando os documentos, o Assistente Técnico deve retirar da pasta e entregar ao perito apenas o documento solicitado. Exceto se beneficia a parte defendida é que o Assistente Técnico deve adiantar informações ou documentos. O Assistente Técnico também pode valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o Parecer Técnico com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento da peça de defesa.



ENVIO DE DOCUMENTOS POSTERIORES A VISITA DO PERITO

Muitas vezes a documentação não se encontra no local ou não há como retirar cópias. Nesse caso o perito solicita ao Assistente Técnico o envio posterior, geralmente em meio magnético ou e-mail. Nunca se deve deixar que outros façam isso. Mesmo esses documentos devem antes serem revisado pelo Assistente Técnico.  Conheço um caso em que o magistrado desconsiderou o certificado de capacitação do reclamante porque não estava assinado pelo instrutor e promotor do curso, mas apenas pelo reclamante.



AGUARDAR O LAUDO PARA POSSÍVEIS CONTESTAÇÕES

O objetivo da contestação ou Parecer Técnico é dizer ao magistrado que não é bem assim. Ou seja, devem ser expostas possíveis falhas, ausência de embasamento, omissões, extrapolações, analogias falsas e erros técnicos, científicos ou legais. E não é difícil encontrar. De cada dez laudos, oito eu encontro erros e consigo provar o contraditório. No entanto, toda contestação deve ser embasada por provas. Atentar para o prazo concedido pelo juiz para apresentação da defesa. Nessa fase não é mais possível anexar documentos aos autos. Por isso as duas fases anteriores são tão importantes na condução e apresentação das provas contraditórias.



Nos artigos anteriores você pode encontrar o embasamento para as demais ações relacionadas as atividades dos Assistentes Técnicos Periciais. Gostaria de lembrar que para as atividades desses profissionais ainda não há obrigatoriedade legal de titularidade profissional, bastando que o Assistente Técnico seja da confiança do empregador, semelhante ao profissional elaborador do PPRA. Portanto, os Técnicos em Segurança do Trabalho devidamente capacitados para tal devem participar também desse processo e atuar livremente nesse ramo profissional.  Com este artigo finalizo a série sobre Assistentes Técnicos Periciais. Espero que tenham gostado. Boa assistência técnica pericial.



Webgrafia:

[1] Lei nº 13.105, de 16 de março de  2015





Artigos relacionados:























Eletrostáticas





























Arquivos antigos do Blog







Para relembrar ou ler pela primeira vez sugerimos nesta coluna algumas edições com assuntos relevantes para a área prevencionista. Vale a pena acessar.
       
EDIÇÃO SUGERIDA
HEITOR BORBA INFORMATIVO N 79 MARÇO DE 2015

Veiculando as seguintes matérias:

CAPA
-“ Os níveis do Nível de Ação Preventiva
Os Níveis de Ação Preventiva definidos pela NR-09 trazem valores acima dos quais o empregador deve deflagrar ações mitigadoras com o objetivo de evitar danos ao trabalhador.

COLUNA FLEXÃO E REFLEXÃO
- Programas da moda: O que justifica a elaboração de programas de segurança específicos?
Programas de segurança específicos, como por exemplo, PPR – Programa de Proteção Respiratória, PCA – Programa de Conservação Auditiva e PROERGO – Programa de Ergonomia não são obrigatórios para todas as empresas.

COLUNA OS RISCOS E SUAS IMPLICAÇÕES
-“ Bases científicas do Anexo I da NR-15: A curva de compensação “A” “
Como a sensação sonora (forma como os nossos ouvidos percebem o som) não pode ser expressa de forma separada por nenhum dos valores de Nível de Pressão Sonora – NPS nas respectivas frequências houve necessidade de se criar um único valor que representasse essa sensação sonora: O dB(A).

E ainda, coluna “O leitor pergunta...”
                      

Flexão & Reflexão





Boas práticas entre veteranos e iniciantes


Oferecer condições para o desenvolvimento dos iniciantes é dever dos veteranos.

Iniciantes são aquelas figurinhas inseguras, indecisas e cheias de dúvidas, mas muito sonhadoras. Alguns iniciantes se decepcionam com a área e desanimam. Outros apenas frequentaram o curso, não cursaram nada, apenas foram atrás de uma propaganda de escola e ainda são semianalfabetos. Lidar com iniciantes não é fácil, exige paciência, dedicação e boa vontade. Mas líderes não produzem seguidores. Produzem outros líderes. Mas é preciso que o pupilo também deseje isso. Para que um calouro profissional possa evoluir é necessário que o mesmo possua algumas qualidades:

I – GOSTAR DO QUE FAZ

Gostar do que faz é o ponto fundamental para qualquer profissional. Por mais desanimador que seja o ambiente de trabalho, caso o profissional goste do que faz, sempre vai conseguir desenvolver um trabalho acima da média em qualquer empresa. Quem gosta do que faz não trabalha, se diverte. O gosto pelo que faz traz também o interesse pelo estudo e acaba aprendendo mais do que necessita para desenvolver as suas atribuições com competência. A eficiência e a eficácia são habilidade que se aprendem com o tempo e são inerentes a prática e a característica da organização. Um profissional eficiente e eficaz[1] numa empresa pode não se sair muito bem em outra. Isso não deve ser interpretado de imediato como incompetência, mas pode estar atrelado a recusa do profissional em aceitar certas práticas empresariais que fogem aos seus princípios éticos, filosóficos ou religiosos. Há empresas que perdem excelentes profissionais  por causa de um gestor incompetente ou mau caráter. E a culpa não é apenas do empresário. Existem gestores duas caras que são excelentes atores.  No entanto, gostar do que faz é o fundamento para a construção do profissional de sucesso. O respeito profissional vem da competência. O veterano deve mostrar ao iniciante que as barreiras encontradas são desafios para aprimoramento da sua aprendizagem. Sem dor sem ganho. O esforço é fundamental para a aprendizagem. O iniciante, seja profissional ou estagiário, deve conhecer todas as vantagens e desvantagens da profissão e de forma sincera e honesta, o veterano deve passar essas informações ao seu pupilo.

II-TER CURSADO UMA BOA ESCOLA

Cursos precários, geralmente ministrados por professores sem prática profissional e ainda pior, analfabetos funcionais e científicos[2], formam profissionais medíocres e desprovidos de pensamento.  Profissionais que não pensam são perigosos e podem causar grandes prejuízos para empresas e trabalhadores. Como é o caso dos profissionais que substituem medidas preventivas por orações, rezas e mandingas.[3] Tem até gestor que substitui EPI para produtos químicos por leite. Mas considerando que há também fiscais do trabalho papagueando que é para renovar apenas a análise global do PPRA[4], isso até que é fichinha.
Todo mundo comete erros de português, inclusive eu. Mas há erros grosseiros que são inaceitáveis. Muitos erros são resultantes mais da pressa ou descuido do que da ignorância. Como tenho pouquíssimo tempo disponível e trabalho sozinho, inclusive na edição deste informativo, sempre cometo alguns erros também. Mas que possuem causas perceptíveis que apontam para a pressa ou descuido. Entretanto, erros grosseiros denunciam a má formação profissional, como por exemplo, grafias erradas: oge (hoje), proficionau (profissional), cerra (serra), bitonera (betoneira), groa (grua), tequino (técnico), dentre outras. Tais estagiários, ou mesmo profissionais, apesar de não possuírem base para nenhum aprendizado, caso se interessem, também podem se desenvolver e se tornarem excelentes profissionais. Fato interessante é que alguns profissionais deste quilate, infelizmente se acham, não são humildes, não questionam, acham que já sabem tudo e não querem aprender nada. Quando ensino algo para alguém e esse alguém fica calado, das duas uma: ou entendeu tudo ou não entendeu nada e não quer aprender ou não tem humildade para reconhecer a sua ignorância. Ignorância essa, facilmente detectada quando lanço uma sequência de perguntas sobre o assunto ministrado. Cursar uma boa escola ou mesmo se desenvolver autodidaticamente é fundamental para o desenvolvimento do profissional de sucesso. O reconhecimento profissional vem do conhecimento aplicado de forma eficiente e eficaz. O veterano deve sempre incentivar o estudo, promover cursos, prescrever ao iniciante tarefas progressivamente mais difíceis e outros desafios sucessivos.

III-GOSTAR DE LER E APRENDER

O bom profissional é reconhecido pela sua biblioteca. Sinceramente não consigo entender como um profissional qualquer consegue se desenvolver profissionalmente apenas com a vivencia laboral. A prática correta vem da teoria. A falta da teoria induz a práticas erradas e ao analfabetismo profissional. Incentivar a leitura também deve fazer parte do rol de atribuições do veterano responsável pelo calouro. Lembre-se que você também já foi um calouro.

IV-SER HONESTO

Uma qualidade rara nos dias de hoje. A desonestidade começa em casa, quando o filho recebe um troco a mais de seu Joaquim da mercearia, chega em casa contando vantagem e o pai acha bonito. Começa por aí. Depois vem as colas na escola. O medo é esse talzinho tomar gosto pela desonestidade e conseguir chegar atrás das grades. Isso se não for morto pelos comparsas ou pela polícia antes. Com a perdas de valores como família, pátria e civismo, patrocinada pelo Estado Brasileiro puxa saco da ONU, estamos criando uma geração de frescos, idiotas, preguiçosos e desonestos.[5]  E esse pessoal dá trabalho. Arrisco-me a dizer que a maioria são irrecuperáveis. Ser analfabeto científico é top e rezar na cartilha de Paulo Freire é uma tremenda roubada. Cadê os trabalhos científicos e com revisão de pares? Honestidade deve ser cobrada e incentivada com veemência pelo veterano. Para ser um bom profissional não precisa ser desonesto.

V-SER VISIONÁRIO

Prevenção é ver além do que os olhos enxergam. É analisar e computar dados e informações para chegar a uma conclusão. No mundo corporativo não deve existir otimismo ou pessimismo.[6] Isso é coisa de supersticioso e empresa não é folclore. Conheço muitas empresas que quebraram com esse pensamento. Em vez de planejamento estratégico preferiram aderir a superstições. Deve ser passado para o calouro que um risco reconhecido no PPRA deve ser tratado em todo o programa até a solução ou prescrição da medida preventiva necessária e suficiente para redução ou neutralização do mesmo. Risco não reconhecido é risco inexistente. E risco inexistente é risco não tratado. E risco não tratado é acidente de trabalho.[7] Uma ação ou omissão é um antecedente que vai impactar ou causar consequência em algum lugar.[8] E esse resultado pode ser positivo ou negativo para a empresa ou trabalhador. Tudo deve ser pensado.    

VI-SER ALFABETIZADO FUNCIONAL E CIENTIFICAMENTE

Apesar de alguns empregadores e gestores não saberem, esse certamente é o pior problema corporativo dos dias atuais. Um funcionário que se enquadra nessa categoria não tem condições de planejar e nem concluir corretamente. Enquanto a formulação e o entendimento dos problemas corporativos exigem alto nível de alfabetização funcional, seu tratamento correto que leve a uma conclusão confiável depende da alfabetização científica. Alguns até que possuem bons níveis de alfabetização, mas anulam toda sua lógica e razão em função de paixões e crenças. Tratamento e conclusão de problemas corporativos devem ser realizados com observância da metodologia científica. Termos como “eu acho” e “eu creio” já causaram explosões de caldeiras, quedas de trabalhadores e algumas mortes por asfixia. Com os constantes atentados de malucos com armas de fogo os Estados Unidos estão pagando um preço altíssimo pelo analfabetismo científico dos seus políticos (sim, os EUA também possuem um alto nível de analfabetos científicos). É preciso ser um patrão muito tosco para conceder autorização com grandes responsabilidades a um trabalhador sem antes verificar a aptidão e promover a capacitação. Aqui no Brasil os políticos resolvem esse problema extinguindo a autorização. Estão ocorrendo muitos acidentes fatais de trabalhadores na construção civil por quedas de altura. E na agricultura, os implementos agrícolas também estão ceifando muitas vidas. Então vamos proibir a execução desses serviços. Que primoroso modo de pensar, hein? 

VII-INVESTIR EM SEU MARKETING PESSOAL

Passar uma boa imagem é essencial. As três coisas mais rapidamente perceptíveis e que podem destruir ou elevar a imagem de um profissional são:
1o) Aspecto ou aparência pessoal e educação;
2o) Conhecimento da língua (português);
3o) Honestidade;
4o) Postura profissional.
O marketing profissional deve começar por aí. Depois é que as demais características vão sendo percebidas, como por exemplo, conhecimento, habilidades inerentes a função, cordialidade, etc

Estas são apenas algumas dicas singelas para boas práticas entre veteranos e calouros. Convém lembrar que o importante é o veterano se ver no lugar do calouro, pois ele também já foi um. Por isso tem a obrigação de incentivar, ensinar o caminho, proteger das armadilhas e oferecer condições para que o mesmo possa se desenvolver plenamente de acordo com o seu interesse e sua capacidade. O calouro de hoje pode ser o seu empregador de amanhã. Pense nisso.


Webgrafia:
[1] Profissional eficiente e eficaz

[2] Analfabetos funcionais e científicos

[3] Profissionais que substituem medidas preventivas por orações, rezas e mandingas

[4] Fiscais do trabalho papagueando que é para renovar apenas a análise global do PPRA

[5] Estamos criando uma geração de frescos, idiotas e desonestos

[6] No mundo corporativo não deve existir otimismo ou pessimismo

[7] Risco não reconhecido é risco inexistente e não tratado

[8] Uma ação é um antecedente que vai impactar ou causar consequência


Artigos relacionados:
Citados na Webgrafia.


Ajuda para profissionais de RH/GP e Administradores







Aqui selecionamos uma série de artigos sobre assuntos de interesse do Departamento de Recursos Humanos ou de Gestão de Pessoas das Organizações. Postados de forma sequenciada, os profissionais podem acessar as informações completas apenas clicando sobre os títulos na ordem em que se apresentam. Para não sair desta página, o leitor deverá clicar sobre o título com o mouse esquerdo e em seguida clicar em “abrir link em nova guia”, após marcar o título.

Boa leitura.

[1] Auxílio para Gestão do Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP

[2] Auxílio para Gestão de SSO na área de RH/GP



[4] Auxílio para CIPA


Os riscos e suas implicações





Percepção das vibrações pelo organismo humano



As vibrações são percebidas pelo organismo humano em função dos valores de aceleração e de comprimento de onda e da região do corpo onde as mesmas incidem.



As vibrações ocupacionais podem chegar ao organismo do trabalhador através de um meio físico sólido ou das ondas sonoras.

PROPAGAÇÃO POR CONTATO FÍSICO

a) Assentos e estruturas de máquinas e equipamentos (máquinas agrícolas, veículos pesados, etc);

b) Comandos acionados por pés e mãos;

c) Pisos;

d) Estruturas e outros locais de permanência do trabalhador em contato com o agente vibrante, sentado ou de pé.

A relação entre conforto e percepção tende a aumentar com a frequência da vibração. Estudos indicam que para determinadas frequências os valores variam entre 2 (para frequências mais baixas) e 4 (para frequências mais altas), considerando as posturas em pé e sentadas. Levando-se em conta que o prognóstico para determinação de níveis de conforto às vibrações depende da faixa de frequência considerada, as respostas podem estar superestimadas ou mesmo subestimadas. Esse fato comprova que não é indicada a utilização de um fator multiplicativo médio para a curva do limite de percepção na predição do conforto de trabalhadores as vibrações, conforme reza a ISO 2631/2 (1989).[1]


REGIÃO DO CORPO
FAIXA DE SENSIBILIDADE DA FREQUÊNCIA  DA VIBRAÇÃO (f)
Tórax e abdômen
 3 Hz <  f < 6 Hz
Braços
5 Hz <  f < 10 Hz
Coluna vertebral
10 Hz <  f < 12 Hz
Perna rígida
20 Hz
Mãos
30 Hz <  f < 50 Hz
Globo ocular
60 Hz <  f < 90 Hz
Mandíbulas e lábios
200 Hz <  f < 300 Hz





PROPAGAÇÃO POR ONDAS SONORAS

a) Sons, infrassons e ultrassons.

As faixas de interesse se encontram entre as frequências de 0,1 Hz a 1K Hz e entre as acelerações de 0,1 m/s2 a 100 m/s2 de aceleração rms. Já as ondas sonoras são detectáveis quando a variação da pressão do ar atinge os 2 X 10-5 Pa (Pascal),[3] mas apenas para frequências em torno de 1K Hz. O decibel não é uma unidade de medida, mas apenas uma relação entre duas grandezas variáveis, sendo uma delas tomada como referência. A pressão sonora de referência é de 2 X 10-5 N/m2:

NPS = 20 log p / po => 20 log p + 94 [dB]


PRESSÃO SONORA NPS (dB)
PRESSÃO DE REFEERENCIA (N/m2)
EXEMPLO DE PERCEPÇÃO ACÚSTICA
0
2 X 10-5
LIMINAR DA AUDIBILIDADE
20
2 X 10-4
SUSSURRO
40
2 X 10-3
TIC TAC RELÓGIO
60
2 X 10-2
CONVERSA NORMAL
80
2 X 10-1
ENCERADEIRA
100
2
PRENSA, SERRA MADEIRA
120
20
MÁQUINAS CORTE CHAPAS METÁLICAS, ESPULADEIRAS, ETC



No caso do som, para que o mesmo possa ser percebido pelo ouvido humano é necessário haver uma relação entre a variação da pressão e a frequência. A faixa de audiofrequência humana está compreendida entre 16 Hz e 20 K Hz. E isso corresponde a uma variação enorme de pressão sonora. O som depende também da variação de pressão e da frequência e suas relações. Fora dessa faixa (16 Hz e 20 K Hz), os sons não são audíveis, sendo:

(não são sons) Infrassom <= 16 Hz e 20 K Hz => Ultrassom (não são sons)

Ou seja, os sons são vibrações mecânicas que se propagam no ar com certas características de frequência e variação da pressão do ar que possuem a propriedade de estimular o aparelho auditivo. E como isso ocorre? O ar que respiramos é constituído por uma solução gasosa onde as moléculas dos gases se movimentam de forma aleatória no espaço. Essa massa gasosa exerce uma pressão sobre os objetos denominada pressão atmosférica. Daí quando um objeto vibra causa alteração no valor da pressão atmosférica normal, comprimindo e distendendo essa massa de gás. Essa agitação (compressão e depressão) da massa gasosa ocorre no mesmo ritmo (frequência) da vibração do objeto, que por propagação (como se fosse uma onda na água quando se joga uma pedra no lago), chega aos tímpanos, causando a mesma vibração ao mesmo. Isso é o som. A velocidade de propagação do som depende das características do meio utilizado na sua propagação. A velocidade do som no ar é dada pela fórmula:

C = 20,05 √T, onde: T = Temperatura absoluta em oK

E corresponde ao valor aproximado de v = 344 m/s.

Os campos acústicos formados pelas ondas em propagação no ar são característicos do tipo da fonte sonora emissora e do meio ambiente onde essa fonte se encontra (espaço aberto ou com obstáculos). Uma fonte sonora puntiforme propaga o som em todas as direções. As ondas sonoras se propagam se afastando da fonte de modo uniforme, exceto se encontrar algum obstáculo. Quando não há obstáculos o campo acústico formado em torno da fonte é do tipo esférico porque a propagação é uniforme em todas as direções. Nesse caso, a pressão sonora decresce inversamente proporcional à distância. Já para grandes distancias de propagação das ondas em relação a fonte emissora do tipo puntiforme o campo acústico formado é denominado de plano. Isso, considerando que a pressão é constante em um pano imaginário situado perpendicularmente à direção do movimento das ondas.  Para ondas sonoras propagadas em meios com obstáculos reflexivos e situados distantes da fonte emissora, o campo acústico formado é do tipo difuso. No campo difuso as ondas se propagam aleatoriamente, provenientes da fonte, da reflexão dos obstáculos e de fenômenos de reverberação.



Tal abordagem é necessária para um melhor entendimento do fenômeno causador de riscos ocupacionais, promovendo subsídios para o planejamento de medidas preventivas eficientes.



Referências:

[1] Relação entre conforto e percepção tende a aumentar com a frequência da vibração




[2] Percepção das vibrações




[2] Pascal




[4] Percepção do som






Artigos relacionados:



































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