Gestão ambiental do Jardim Botânico do
Recife
Mês de dezembro, fim de ano, festas. Quem é de Recife e adjacências esqueça um pouco o corre-corre da vida e reserve um tempo para visitar o Jardim Botânico de Recife. Um excelente local para relaxar, esquecer os problemas e agregar mais qualidade de vida as pessoas.
O presente artigo objetiva registrar as observações levantadas
no Trabalho de Campo que foi realizado no Jardim Botânico do Recife – JBR,
situado às margens da BR-232, Bairro do Curado, Zona Sul de Recife. A visita
aconteceu no dia 29 de agosto de 2015, a partir das 9 horas. O escopo do
Trabalho de Campo foi conhecer e registrar as atividades desenvolvidas pelo
Jardim Botânico do Recife (JBR), de cunho totalmente ambiental, em especial, o
conhecimento da prática da Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável,
gerada e gerida pelo JBR.
O Jardim Botânico do Recife (JBR) foi criado no ano de 1960 com
a reformulação do Parque Zoobotânico do Curado, integrante da Mata do antigo
Instituto de Pesquisa Agropecuária do Nordeste – IPEANE, passando a ser de
responsabilidade da Prefeitura Municipal do Recife.
O JBR apresenta a biodiversidade da Mata Atlântica que cobria o
sítio original do Recife, juntamente com a restinga e os manguezais.
As várias realizações nas áreas de pesquisa científica,
conservação e educação ambiental, possibilitaram a admissão do JBR na Rede
Brasileira de Jardins Botânicos, RBJB, e, por intermédio dessa, na Botanic
Gardens Conservation Internacional, BGCI.
Ocupando uma área de 10,7ha, o Jardim Botânico compõe uma parte
da Unidade de Conservação Municipal denominada Matas do Curado, uma área de
113,6ha pertencentes, em sua maioria, ao patrimônio do Exército.
VISTA AÉREA DO LOCAL (Fonte: Google Earth)
Jardim
Botânico do Recife
Endereço:
BR-232, Km 7,5 - Curado, Recife - PE
Horário de funcionamento:
De terça a sexta, das 08h30 às 15h30
Sábado e Domingo, das 9h às 15h30
Entrada Gratuita
Telefones: (81) 3355.0002 e (81) 3355.0003
Organograma do JBR
A Secretaria de Planejamento, Urbanismo e Meio Ambiente (SEPLAN), através de sua Diretoria Geral de Meio Ambiente (DIRMAM), seguindo as diretrizes da atual administração municipal de resgatar a dinâmica sócio-ambiental, a partir da sistematização das ações de Educação Ambiental desenvolvidas pelos setores da Prefeitura da Cidade do Recife, instituiu o Polo de Educação Ambiental Jardim Botânico do Recife, onde são desenvolvidas ações de conscientização e sensibilização ambiental que promovam mudanças de atitude acerca das questões ambientais, visando à garantia do usufruto dos recursos naturais às gerações futuras.
O foco deste artigo é conhecer e registrar as atividades
desenvolvidas pelo Jardim Botânico do Recife – JBR e sua contribuição para a
área ambiental;
Promover aula prática da disciplina de Gestão Ambiental e Desenvolvimento
Sustentável;
Elaborar o Relatório Final do Trabalho de Campo exigido pela
disciplina.
Como justificativa podemos citar a possibilidade de apresentar uma
melhor compreensão das atividades desenvolvidas pelo Jardim Botânico do Recife
e sua contribuição para a área Ambiental;
Verificar a aplicação prática da Gestão Ambiental e
Desenvolvimento Sustentável.
O JBR promove subsídios fundamentais para o entendimento da
importância da disciplina de Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável.
Passa aos visitantes conceitos de ecologia, ecossistemas e suas interações.
Ecossistema é o sistema composto pelos fatores bióticos (seres
vivos) e os abióticos (elementos sem vida) que compõem os ambientes onde os
seres vivem.
Meio ambiente é composto por todas as organizações que existem
no nosso planeta Terra.
Gestão ambiental se ocupa de gerar e gerir todos os recursos
aplicáveis no intuito de preservar o meio ambiente em situações naturais ou de
ação humana.
Logo na entrada encontramos uma guarita para recepção dos
visitantes, onde os mesmos são convidados a preencher um formulário para fins
estatísticos e de controle de visitantes. Após isso, o acesso é livre, mas
algumas áreas do parque possuem acesso permitido apenas quando acompanhados
pelos guias, a fim de evitar degradações e possíveis riscos aos visitantes.
As
atividades desenvolvidas pelo JBR são:
Meliponário
O meliponário consiste na criação de abelhas sem ferrão, para
fins recreativos e de pesquisa, considerando que o mel de abelha possui alto
valor comercial. Essa atividade na região é
desenvolvida por pequenos e médios produtores e deve despertar o
interesse de novos criadores, com novos investimentos na área. Do ponto de
vista biológico, essa atividade é importante porque esses insetos, ao coletarem
pólen e néctar de flor em flor, promovem a polinização e, consequentemente,
asseguram a perpetuação de milhares de plantas.
Segundo o orientador do parque, existem mais de 300 espécies de
abelhas sem ferrão, que se dividem em dois grupos: melíponas e trigonas. As
abelhas sem ferrão que constroem seus ninhos em árvores ocas, frestas,
cupinzeiros e formigueiros abandonados ou expostos. Na construção dos ninhos
esse tipo de abelha utilizam cera pura ou cerume, que é uma mistura de cera,
própolis e barro.
Enquanto as melíponas constroem a entrada do ninho com barro
puro e/ou própolis, moldando o mesmo em forma de sulcos ou estrias, as trigonas
utilizam materiais diversos (própolis, cera, barro, brotos de árvores, lascas
de madeira, etc), moldando a entrada do ninho sem um formato definido.
Sementeiras
As sementeiras objetivam a preservação das principais espécies
de plantas nativas da mata atlântica original por meio da produção de mudas,
contemplando também a produção de plantas medicinais. As áreas de maior
interesse são as baias ou expositores de cactos e bromélias, de plantas
medicinais, de palmeiras e de flores tropicais.
A produção de mudas é destinada principalmente ao
reflorestamento para recuperação de áreas degradadas, mas também são utilizadas
em projetos de jardinagem e em pesquisas científicas. As sementeiras objetivam
a disseminação da genética nativa, utilizadas em pesquisas científicas,
atividades educativas e áreas comerciais. No entanto, atualmente quase todas as
sementes produzidas são utilizadas da geração de mudas.
O parque possui controle sobre essas produções por meio do
método científico.
Orquidário
As orquídeas são classificadas em famílias, diferenciadas umas
das outras pela estrutura de suas flores, hastes, folhas e raízes. De acordo com a classificação de Rudolf
Schlechter, a família das orquidáceas é classificada em 85 grandes grupos
(tribos), mais de 2500 gêneros e aproximadamente 35 mil espécies. As orquídeas
são relacionadas em grupos de acordo com características vegetativas. Dentro
das espécies encontram-se plantas parecidas, variando apenas as flores em
tamanho e cores. O cultivo de orquídeas tem sua importância não somente na
preservação da espécie e na manutenção do ecossistema, mas também devido ao
alto valor comercial agregado as mesmas.
Educação ambiental
O Polo de Educação Ambiental Jardim Botânico do Recife, que tem
como missão desenvolver a Unidade de Conservação Jardim Botânico como
instrumento de Pesquisa Científica, Conservação e Conscientização Ambiental,
visa incorporar e sistematizar as práticas de educação ambiental desenvolvidas
pelos diferentes órgãos da administração, buscando a consolidação de um modelo
de gestão das ações ambientais de forma descentralizada, fomentando a
construção da Política Municipal de Educação Ambiental.
Com uma equipe multidisciplinar formada por técnicos e
estagiários, o Polo de Educação Ambiental desenvolve ações de conscientização e
sensibilização ambiental, através de um passeio pelo Jardim Botânico composto
por diversas atividades. Existem dois percursos, podendo ser utilizados ao
mesmo tempo por grupos de 20 pessoas para cada equipe de instrutores. Convém
salientar, que apenas lendo as placas com a temática ambiental já é possível a
obtenção de muitas informações sobre as espécies encontradas no local.
Este roteiro é composto de:
Trilhas ecológicas temáticas orientadas por instrutores, por
dentro da mata, oferecendo ao público momentos inesquecíveis de contemplação e
contato com a natureza;
Visita ao Orquidário, com explicações sobre as espécies
cultivadas, assim como a sua importância;
Apresentação de atividades lúdicas como teatro de bonecos e
exibição de vídeos com temas ambientais na Sala de Vídeo;
Confecção de papel reciclado através de oficinas realizadas na
Sala de Reciclagem;
Explicação sobre a importância da conservação da Mata Atlântica
e sua biodiversidade, na Sala de Exposição permanente da Mata Atlântica;
Visita ao Meliponário com explicação sobre a importância do
cultivo de abelhas melíponas, nativas da mata atlântica.
Preservação
da fauna e da flora
O JBR por meio de parcerias firmadas mantem atividades
permanentes de preservação da fauna e da flora. As mais importantes são:
a)
Preservação de espécies nativas da Mata Atlântica em Pernambuco;
b)
Preservação das espécies nativas coletadas em áreas que serão
inundadas para a construção das barragens que integram o Sistema de Contenção
de Enchentes;
c)
Prevenção dos Efeitos da Seca do Estado de Pernambuco e seu
impacto no meio ambiente;
d)
Preservação das espécies integrantes do ecossistema local.
Parcerias
O JBR mantem parcerias com entidades cientificas a fim de
possibilitar o desenvolvimento dos diversos trabalhos na área ambiental, como:
a)
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife (SMAS);
b)
Companhia Pernambucana de Saneamento (COMPESA);
c)
Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH);
d)
Comitê da Bacia Hidrográfica do Capibaribe (COHB);
e)
Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP);
f)
Rede Brasileira de Jardins Botânicos (RBJB);
g) Botanic Gardens Conservation International (BGCI);
h) Exército Brasileiro.
Competências das parcerias:
a)
Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife (SMAS);
A Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Recife
elabora e coordena a política ambiental do Município, desenvolvendo
instrumentos normativos e ações educativas; deliberando sobre licenciamento
ambiental; apurando e aplicando penalidades relativas a infrações ambientais;
estimulando o reflorestamento, a arborização e o ajardinamento da Cidade, com
fins ecológicos e paisagísticos; projetando e gerenciando obras de
ajardinamento para viveiros, parques urbanos, lineares e naturais, praças,
jardins e demais logradouros públicos.
b)
Companhia Pernambucana de Saneamento (COMPESA);
A Companhia Pernambucana de Saneamento está vinculada ao Governo
do Estado de Pernambuco por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
Tem a missão de levar água e esgotamento sanitário aos pernambucanos, bem como,
o aproveitamento dos recursos hídricos.
c)
Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH);
A CPRH age no controle de fontes poluidoras, na proteção e
conservação dos recursos naturais, na educação ambiental como ferramenta para a
gestão ambiental, bem como no desenvolvimento de pesquisas voltadas para a
melhoria da qualidade ambiental.
Para exercer as suas funções, a CPRH atua mediante os seguintes
instrumentos de política ambiental: licenças ambientais e autorizações,
fiscalização, monitoramento e educação ambiental. A CPRH integra também órgãos
e conselhos ambientais de níveis nacionais e internacionais, por composição
legal definida ou por conquista política. Em ambos os casos, a Agência
contribui para a elaboração de políticas públicas e de projetos de gestão de
meio ambiente com base na responsabilidade ambiental.
d)
Comitê da Bacia Hidrográfica do Capibaribe (COHB);
Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Capibaribe, também chamado
de COBH Capibaribe, foi criado em 23 de março de 2007, sendo o mais novo comitê
de bacia do Estado. Insere-se no Sistema Estadual de Recursos Hídricos de
Pernambuco, que como o sistema nacional, orienta para a gestão compartilhada
das águas, prevendo-se que desempenhe papel estratégico no planejamento e
definição de ações hídricas prioritárias na bacia e que contribua efetivamente
para a solução de conflitos ambientais e de usos da água.
e)
Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP);
O Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP), associação civil
de direito privado sem fins econômicos, qualificada como organização social, é
um centro de referência regional na oferta de soluções tecnológicas para o
setor produtivo, visando à modernização e ao desenvolvimento sustentável de
Pernambuco e da Região Nordeste.
f)
Rede Brasileira de Jardins Botânicos (RBJB);
Desde sua fundação em 91 a rede trouxe benefícios na área da
botânica, principalmente, no que diz respeito a número de pesquisadores.
Os jardins botânicos brasileiros precisam se registrar na Rede e
no Sistema Nacional de Registro de Jardins Botânicos. O Sistema Nacional é o
órgão responsável pela certificação e cadastro das novas áreas. A RBJB pretende
conceder prêmios às dez instituições já regularizadas, com incentivos
financeiros concedidos pelo governo federal. O objetivo desse projeto é a
cooperação, visando à distribuição de recursos para suprir carências e reforçar
atividades já existentes. Uma das principais funções dos jardins botânicos é
conservar e preservar espécies de plantas em extinção. Caracteristicamente, as
instituições possuem coleções que são cultivadas de forma artificial, ex situ,
que, no latim, significa “fora da natureza”. Atualmente, as plantas são
coletadas e guardadas em vasos, para atingir as metas definidas na Conferência
das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) de 2002.
g) Botanic Gardens Conservation International (BGCI);
Botanic Gardens Conservation International é o único consórcio
global de jardins botânicos dedicados à conservação da diversidade de plantas
do mundo. Com mais de 500 jardins botânicos cujas coleções incluem, pelo menos,
um terço das espécies de plantas do mundo. O objetivo é conservar toda a
diversidade de plantas para as gerações futuras. Estima-se que 80.000 espécies
de plantas estão ameaçadas na natureza. BGCI e os seus membros estão
comprometidos com a prevenção de espécies de plantas extinções por conservação
de plantas, tanto em estado selvagem e ex situ em bancos de sementes e jardins
botânicos.
h) Exército Brasileiro.
O Exercito Brasileiro possui a função de guarda da área
geográfica onde se encontra instalado o JBR, objetivando preservar o local
contra depredações e manter a ordem pública e social.
Voluntários
Não podemos deixar de mencionar a importância dos voluntários
que contribuem financeiramente, através do fornecimento de mão de obra
especializada ou mesmo com biomateriais.
Atividades
gerais
O JBR funciona como espaço de pesquisa, educação e preservação
ambiental, captando investimentos financeiros, materiais e humanos.
Para os visitantes oferece:
Caminhadas ecológicas, orientadas por instrutores, por dentro da
mata;
Meliponário para preservação de abelhas nativas da Mata
Atlântica;
Orquidário para produção e permuta de orquídeas;
Polo de Educação Ambiental;
Sala de exibição de vídeos Ambientais;
Sala de reciclagem de papel.
Projetos
desenvolvidos
a)
Capacitação do corpo técnico que hoje desenvolve trabalhos com
escolas das redes pública e privada e comunidades que visitam a área , através
de cursos e oficinas de reciclagem de papel, reciclagem criativa, trilha
orientada e construção de fantoches e marionetes;
b)
Reforma da estrutura física do Jardim Botânico, incluindo a
administração, recepção, orquidário, sala de oficinas, sala de vídeo e BWC;
c)
Instalação de quiosques na entrada oeste do Jardim Botânico para
venda de produtos elaborados no próprio JBR, guarita para controle do acesso,
escadarias e um trabalho de paisagismo que prepara os visitantes para a entrada
da grande mata;
d)
Sinalização de todo o espaço interno, informando a diversidade
de fauna e flora, equipamentos, caminhos e trilhas;
e)
Projeto do Parque Ecológico de Apipucos, desenvolvido pelo
escritório do arquiteto paisagista Luiz Vieira com acompanhamento técnico da
prefeitura.
Recursos
Os recursos principais do JBR são provenientes do tesouro municipal,
das parcerias firmadas e dos voluntários.
O JBR além de se um espaço agradável para recreação também
funciona como um importante organismo de divulgação científica, desenvolvimento
de pesquisas, formação tecnológica e preservação do meio ambiente local e de
espécies em vias de extinção, com geração dos recursos necessários ao seu
desenvolvimento, gerado e gerido pela sua Gestão Ambiental e Desenvolvimento
Sustentável. O JBR pode ser entendido como uma das aplicações da disciplina de
Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável em seu modo mais abrangente,
considerando que sua produção possui cunho exclusivamente voltado para
atividades ambientais.
Minha melhor impressão do JBR foi o orquidário e a área
sensorial, onde é possível perceber os odores emanados pelas plantas, como
manjericão e hortelã, ouvir os sons das águas, pássaros e animais, como também
sentir as diversas texturas naturais das plantas, rochas e solos.
Sem dúvida que nas atividades não ambientais é bem mais difícil
implantar Sistemas de Gestão Ambiental que conciliem preservação do meio
ambiente com atividades econômicas que objetivam unicamente a obtenção de
lucro. Na verdade nessas atividades são travadas batalhas diárias para
manutenção do sistema produtivo com preservação ambiental. Desenvolvimento e
meio ambiente em entidades privadas com fins lucrativos é possível, mas exige
apoio total da alta direção, vontade política, gestores capacitados e
principalmente um Sistema de Gestão Ambiental bem elaborado e implementado.
Fontes de
pesquisa:
a)
Visita aos locais do JBR;
b)
Participação de palestras realizadas no local;
c)
Registro das atividades;
d)
Pesquisa em sites relacionados.
Webgrafia:
Artigos
relacionados:
Arquivos antigos do Blog
Para relembrar ou ler
pela primeira vez sugerimos nesta coluna algumas edições com assuntos
relevantes para a área prevencionista. Vale a pena acessar.
EDIÇÃO SUGERIDA
HBI HEITOR BORBA INFORMATIVO N 56 ABRIL DE 2013
Veiculando as seguintes
matérias:
CAPA
-“ Nível de Interferência
com as comunicações (NIC)”
Os níveis de ruído
presentes nos ambientes de trabalho podem provocar interferência com as
comunicações entre os trabalhadores, mesmo estando muito abaixo do Nível de
Ação Preventiva – NAP da NR-09.
“Tratamento acústico de superfícies”
O tratamento acústico
das superfícies de um ambiente interno, onde há fontes de ruído de alta
intensidade, objetiva a redução ou neutralização da reverberação do ruído
emitido pelas fontes.
COLUNA DE LIBANIO RIBEIRO
Meio Ambiente
A partir desta edição
publicaremos também artigos sobre Meio Ambiente. Os artigos serão escritos pelo
Engenheiro de Segurança Libanio Ribeiro, enriquecendo nosso conteúdo e
agregando valores a este trabalho.
COLUNA FLEXÃO E REFLEXÃO
“Exigência de teste específico para admissão de Técnicos de Segurança
nas Empresas”
Empresas estão exigindo
teste específico para contratação de Técnicos em Segurança do Trabalho (TST).
COLUNA RISCO QUÍMICO X INSALUBRIDADE
-“ Riscos Químicos na Construção Civil – Parte I”
A questão da segurança
do trabalho vem ocupando um papel de destaque na luta dos trabalhadores do ramo
da construção civil. Notadamente nas últimas décadas foram inseridos, em
convenções coletivas, diversos itens relacionados com este tema. Hoje, o tema é
tão essencial quanto o problema dos salários. É preciso se ter em mente que não
é apenas se colocando no papel itens numerosos relacionados com segurança do
trabalho, que se vai resolver o problema do elevado índice de acidentes e
doenças ocupacionais.
COLUNA ERGONOMIA
- “Riscos ergonômicos –Os mecanismos da visão”
O mecanismo da visão
representa a principal fonte de contato do homem com o ambiente que o cerca,
sendo a principal forma de percepção de informações. Para que um objeto possa
ser percebido pelos nervos sensitivos oculares é necessário que o mesmo emita
ou reflita energia radiante na forma de ondas eletromagnéticas e dentro da
faixa visível.
Flexão & Reflexão
Eficiência e eficácia
No
artigo “Objetividade profissional e eficiência funcional”[1] fiz uma
breve introdução sobre os conceitos de eficiência e de eficácia. Como recebi
três e-mails solicitando mais informações a respeito, resolvi publicar este
artigo (apesar de existir farta informação na net sobre esse assunto).
Mas
não tem problema, pelo menos eles não vão precisar sair da minha página para
obter essas informações.
Eficiência:[2]
Capacidade
de realizar tarefas ou trabalhos de modo eficaz e com o mínimo de desperdício;
Produtividade;
Tendência
ou aptidão para ser efetivo;
Capacidade
de realizar ou desenvolver alguma coisa demonstrando eficácia;
Efetividade;
Particularidade
demonstrada por pessoas que conseguem produzir um ótimo rendimento, quando
realizam alguma coisa;
Característica
do que é eficaz.
(Eficiência
são os meios).
Eficácia:[3]
Qualidade
daquilo que alcança os resultados planejados;
Característica
do que produz os efeitos esperados, do que é eficaz;
Capacidade
de desenvolver tarefas ou objetivos de modo competente;
Produtividade.
(Eficácia
são os fins).
Significa
que para atingir determinados objetivos previamente definidos pela empresa o
Gestor precisa ter conhecimento dos recursos disponibilizados. Esse
conhecimento é importante para que o Gestor possa obter a eficiência e a
eficácia desejadas no âmbito da abrangência esperada.
O
desempenho funcional pode ser definido por meio de dois critérios:
Eficiência:
Executar
de forma correta conforme os padrões estabelecidos. Corresponde à utilização
dos meios para se chegar aos fins. Ex.: Para liberar um trabalhador em serviços
de altura, o Técnico de Segurança deve providenciar a aptidão (ASO),
capacitação (Treinamento), autorização (Formalização), APR – Análise Preliminar
de Riscos (Procedimentos) e os recursos (EPI, EPC, Medidas ADM/ORG, etc), correspondente
aos meios para que o mesmo possa atingir os objetivos (realizar os serviços em
altura sem nenhum acidente ou incidente). Se o Técnico trabalhar os meios corretamente
e de forma bem feita conseguirá atingir os fins ou objetivos. Para isso, há
necessidade de dimensionar todos os recursos físicos, humanos e tecnológicos
necessários para alcançar os objetivos definidos. É a relação entre as saídas (serviço
concluído sem ocorrências indesejáveis) e os recursos consumidos (exames,
treinamentos, EPI, EPC, etc).
Eficácia:
Um
gestor pode alcançar objetivos com um consumo mínimo de recursos, como também
pode ultrapassar os mesmos objetivos consumindo os mesmos recursos. Ou seja, a eficiência
pode ser medida em relação ao custo do trabalho, a utilização de equipamentos,
a manutenção de máquinas, ao retorno do capital investido, a execução dos
serviços sem custos adicionais com acidentes, paradas não programadas, etc No
exemplo acima, muitas vezes a proteção não está dimensionada em função do
risco. Proteção subdimensionada é mais barata, mas causa acidentes. Proteção
superdimensionada evita acidentes, mas é mais cara. O Ideal é a proteção
dimensionada que protege e não é a mais cara.
Portanto,
a eficácia é relacionada aos fins e propósitos e consiste no grau em que a
gestão consegue atingir seus objetivos. A eficácia é a medida do resultado do
objetivo alcançado.
Como
exemplo, podemos citar:
a)
Administrador eficiente
Opera sempre com um custo mínimo de materiais e de trabalho;
b)
Administrador eficaz
Sempre alcança as metas com quantidade e qualidade de
resultados.
É
sabido que nem sempre os gestores conseguem promover eficiência e
eficácia. Ocorre que alguns gestores são
eficientes ao extrair o máximo dos recursos disponíveis, mas não são eficazes quanto
ao atingimento dos objetivos esperados. Doutra forma também podem ser eficazes ao
atingir os objetivos esperados, mas com alto custo de recursos. Assim o importante não é somente ganhar a
guerra deixando mortos e feridos em função da sua ineficiência, mas ganhar a
guerra sem deixar mortos ou feridos ou com eficácia.
Diferenças ente
Eficiência e Eficácia:
EFICIENCIA
|
EFICÁCIA
|
Fazer corretamente
|
Fazer o necessário
|
Foco nos meios
|
Foco nos fins
|
Foco nos métodos e procedimentos de execução
|
Foco nos objetivos e resultados
|
Controlar
|
Concluir
|
Treinar e aprender
|
Saber e conhecer
|
Jogar futebol com técnica
|
Ganhar o jogo
|
Lutar com técnica
|
Ganhar a batalha
|
Percebemos
que não basta somente a eficiência. Para que possamos ter a almejada excelência
na gestão é necessário que haja também a eficácia:
EXCELÊNCIA = EFICIÊNCIA + EFICÁCIA
Onde:
Excelência
= Gestão ideal com quantidade e qualidade de resultados;
Eficiência
= Medida do uso dos recursos;
Eficácia
= Medida do resultado.
Essas
medidas podem ser estimadas em números através de um relatório de desempenho,
como por exemplo, um questionário de pontuação.
Agora
uma pergunta: Sua gestão de EPI, EPC, Medidas Administrativas e de Organização
do Trabalho está sendo eficaz?
Webgrafia:
[1]
Objetividade profissional e eficiência funcional
[2]
Eficiência
[3]
Eficácia
Artigos relacionados:
Ajuda para profissionais de RH/GP
Aqui selecionamos uma série de artigos sobre assuntos de
interesse do Departamento de Recursos Humanos ou de Gestão de Pessoas das
Organizações. Postados de forma sequenciada, os profissionais podem acessar as
informações completas apenas clicando sobre os títulos na ordem em que se
apresentam. Para não sair desta página, o leitor deverá clicar sobre o título
com o mouse esquerdo e em seguida clicar em “abrir link em nova guia”, após
marcar o título.
Boa leitura.
[1]
Auxílio para Gestão do Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP
[2]
Auxílio para Gestão de SSO na área de RH/GP
[3]
Auxílio para Administradores em geral
Os riscos e suas implicações
O HBI tem uma série de artigos sobre riscos químicos iniciados
na Coluna “Segurança com produtos químicos”, quando o HBI ainda era no formato
“pdf”.
Ideal para estudantes da área e profissionais que desejem
aprofundar seus conhecimentos.
Você pode ler todo o trabalho a partir da Edição de número 14 do
HBI que tem inicio aqui:
A partir desta edição, basta clicar em “postagens mais recentes”
no final da página e acompanhar a sequencia dos assuntos de modo a formar um
volume único sobre o tema.
Para as publicações em “pdf”, postadas no formato foto, você
deverá clicar sobre a imagem do HBI correspondente a página para ampliar. Após
ler a edição ampliada, clicar na seta “voltar” no topo da página (onde tem o
endereço eletrônico do Blog), para retornar a edição em formato pequeno.
O conhecimento é essencial para o sucesso profissional.
Boa leitura.
Exposições ocupacionais a poeiras orgânicas
Poeiras são partículas sólidas produzidas mecanicamente pela
ruptura de partículas maiores. Poeiras orgânicas são materiais particulados provenientes
de materiais orgânicos (seres vivos) e podem conter fibras vegetais, fungos e
bactérias. Fibras são segmentos microscópicos (respiráveis) de fios componentes
das fibras vegetais e desprendidos das mesmas.
Segundo a NHO-08 da FUNDACENTRO[1], os materiais
particulados podem ser classificados da seguinte forma:
Material particulado: Partículas sólidas, produzidas por ruptura
de um material originalmente sólido, suspensas ou capazes de se manterem
suspensas no ar.
Particulado inalável: É a fração de material particulado
suspenso no ar constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico menor que
100μm, capaz de entrar pelas narinas e pela boca, penetrando no trato
respiratório durante a inalação. É apropriada para avaliação do risco
ocupacional associado com as partículas que exercem efeito adverso quando
depositadas no trato respiratório como um todo.
Particulado torácico: É a fração de material particulado
suspenso no ar constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico menor que
25μm, capaz de passar pela laringe, entrar pelas vias aéreas superiores e
penetrar nas vias aéreas dos pulmões. É apropriada para avaliação do risco
ocupacional associado com as partículas que exercem efeito adverso quando
depositadas nas regiões traqueobronquial e de troca de gases.
Particulado respirável: É a fração de material particulado
suspenso no ar constituída por partículas de diâmetro aerodinâmico menor que
10μm, capaz de penetrar além dos bronquíolos terminais e se depositar na região
de troca de gases dos pulmões, causando efeito adverso nesse local.
Particulado total: É o material particulado suspenso no ar
coletado em porta-filtro de poliestireno de 37 mm de diâmetro, de três peças,
com face fechada e orifício para a entrada do ar de 4 mm de diâmetro, conhecido
como cassete. A coleta de particulado total deve ser utilizada somente quando
não houver indicação específica para coleta de particulado inalável, torácico
ou respirável.
Partículas não especificadas de outra maneira (PNOS): Partículas
para as quais ainda não há dados suficientes para demonstrar efeitos à saúde em
concentrações geralmente encontradas no ar dos locais de trabalho. Essa definição
se refere às partículas que não tenham um limite de exposição estabelecido; que
sejam insolúveis ou fracamente solúveis em água ou nos fluidos aquosos dos
pulmões; não sejam citotóxicas, genotóxicas ou quimicamente reativas com o
tecido pulmonar; não emitam radiação ionizante; causem imunossensibilização ou outros
efeitos tóxicos que não a inflamação ou a deposição excessiva.
As poeiras orgânicas possuem atuação diferenciada em relação às
poeiras minerais ou inorgânicas, cuja ação ocorre por meio de reações
alérgicas. Na agricultura geralmente as
poeiras orgânicas são inaladas conjuntamente com as poeiras minerais, em
especial, a sílica, como é o caso das poeiras geradas pela movimentação do
bagaço da cana. Trabalhadores em aviários, por exemplo, apresentam geralmente sintomas
respiratórios de asma e de doença respiratória crônica, conforme literatura
internacional.[2] É sabido que exposições as poeiras de origem
animal e vegetal podem ser associadas a asma.[3] Exposições maciças
ocorrem na área rural, principalmente na agricultura.[4] Como
exemplo de doença desencadeada por reação alérgica podemos citar a bissinose,
que é causada por reações alérgicas a poeiras de algodão, linho e cânhamo.
Claro que a gravidade da doença depende muito da suscetibilidade individual de
cada trabalhador em relação aos elementos causadores da alergia na poeira.[5]
Não há tempo de exposição definido para que os trabalhadores expostos as
poeiras orgânicas desenvolvam as reações ou apresentem os sintomas específicos
destas exposições.
Os particulados classificados como poeiras orgânicas contêm fibras
vegetais, mas também podem conter fungos bactérias e produtos oriundos das
mesmas. As poeiras orgânicas mais comuns são originadas nos processamentos, armazenamentos,
deposições ou movimentações (por mecanização, manipulação ou manuseio) de:
a)
Algodão;
b)
Linho;
c)
Cânhamo;
d)
Sisal;
e)
Juta;
f)
Milho;
g)
Trigo;
h)
Soja;
i)
Cevada;
j)
Arroz;
k)
Cana;
l)
Esterco;
m) Pena/penugem;
n)
Couro;
o)
Pelo.
Há uma grande variedade de transtornos respiratórios associados às
exposições ocupacionais às poeiras contendo microfibras vegetais, sendo a
bissinose a enfermidade mais comum. Os sintomas da bissinose são dor no peito,
tosse, dificuldade para respirar e dispnéia. Exposições prolongadas a altas
concentrações podem ser associadas também a bronquite crônica ou asma, redução da
potencia respiratória e febre.
Exposições ocupacionais principalmente as fibras de algodão, linho, cânhamo,
sisal, juta e outras podem ocasionar a bissinose. Por não apresentar alterações
radiográficas ou patológicas específicas, a bissinose se apresenta como uma
doença difícil de ser diagnosticada.
Exposições perigosas ocorrem praticamente em todas as etapas do
processo produtivo que vai desde a etapa de manuseio da matéria-prima até as
etapas de cardação e urdimento dos fios prontos.
O termo bissinose tem origem no grego e significa “fibras finas
do linho”, mas acomete trabalhadores expostos a todos os tipos de poeiras
vegetais. A bissinose é caracterizada basicamente por uma sensação de opressão
torácica e dispnéia, que ocorre no trabalhador quando ele retorna às atividades
depois de um período de repouso. Ainda não há estudos conclusivos sobre casos
de bissinoses ocasionados por exposições ocupacionais as poeiras de sisal e juta.
No entanto, Tarantino (1997)[6], considera a bissinose como doença
ocasionada por poeiras orgânicas de algodão, cânhamo, juta e sisal.
Quanto as poeiras de linho, comprovadamente ocasionam bissinose.
A enfermidade pode provocar resposta aguda ou resposta crônica. Estudos em
andamento apontam que endotoxinas e polifenol estejam relacionados com a
doença. No diagnóstico VEF1[7]
há redução de até 10% após o primeiro turno de trabalho. A bissinose geralmente
afeta uma grande parte dos expostos.
No Brasil não há legislação sobre Limites de Tolerância para
exposições ocupacionais às poeiras orgânicas.[8] A partir de 2010 a
ACGIH estabeleceu o TLV em 0,1 mg/m3 para a função torácica.[9]
[10]As poeiras orgânicas também podem trazer
outros riscos, como por exemplo, riscos de explosões devido a sua alta
combustão, pesticidas que geralmente acompanham a produção agrícola e exposições
a micro-organismos, como flora microbial (fungos e bactérias).
Como proteção para concentrações de poeiras de grãos (não
superiores a 10 vezes o Limite de Exposição (TLV)) pode ser utilizado respirador
tipo peça semifacial ou ¼ facial filtrante, com filtro para poeiras, classe
PFF-1. Para concentrações superiores a 10 x TLV recomenda-se a adoção de outras
medidas, como por exemplo, mecanização, umedecimento, uso de respiradores autônomos,
instalação de exaustores com filtros, etc até que as concentrações sejam
reduzidas e se mantenham:
a)
Dentro da faixa de até dez vezes o TLV => Para trabalhos com
uso de respiradores de pressão negativa, como o descrito acima;
b)
Abaixo do TLV e acima do Nível de Ação => Trabalhos com uso
de respiradores;
c)
Abaixo do Nível de Ação => Trabalhos sem uso de respiradores.
Algumas poeiras orgânicas, como a do esterco, podem não apresentar
particulados respiráveis. No entanto, apresentam riscos em função de agentes
biológicos presentes nesses materiais.
O quadro abaixo apresenta algumas doenças relacionadas a determinados
agentes etiológicos:[11]
Doenças
|
Agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza
ocupacional
|
Doenças das vias aéreas devidas a poeiras
orgânicas:
Bissinose, devidas a outras poeiras orgânicas especificadas;
|
|
Pneumonite por Hipersensibilidade a
Poeira Orgânica:
Pulmão do Granjeiro (ou Pulmão do Fazendeiro); Bagaçose;
Pulmão dos Criadores de Pássaros; Suberose; Pulmão dos Trabalhadores de Malte;
Pulmão dos que Trabalham com Cogumelos; Doença Pulmonar Devida a Sistemas de
Ar Condicionado e de Umidificação do Ar; Pneumonites de Hipersensibilidade
Devidas a Outras Poeiras Orgânicas; Pneumonite de Hipersensibilidade Devida a
Poeira Orgânica não especificada (Alveolite Alérgica Extrínseca SOE;
Pneumonite de Hipersensibilidade SOE).
|
|
Exposições a poeiras orgânicas são fatores de riscos causadores
de doenças ocupacionais. O potencial de danos a saúde é diretamente proporcional a concentração, tamanho das partículas, tempo de exposição e efeitos combinados com outros agentes respiráveis. Sem a determinação desses fatores preliminares não há como dimensionar as exposições e definir as medidas preventivas e corretivas necessárias e suficientes. Para fins de insalubridade não é obrigatório esse levantamento porque a NR-15 cita apenas poeiras minerais. Legalmente é obrigatório porque consta da NR-09 a previsão quanto a utilização das Normas internacionais, como a ACGIH. Tecnicamente é necessário para a gestão dos riscos.
Portanto, a prevenção deve ser iniciada por meio do dimensionamento das exposições que permitam a instalação das medidas coletivas, seguidas de medidas administrativas ou de organização do trabalho.
A indicação de Equipamentos de Proteção Individual de forma segura é possível somente após a realização das medições ambientais.
O controle médico deve ser efetivado a fim de identificar possíveis desencadeamentos ou agravamentos de doenças ocupacionais e tomada de decisões.
Portanto, a prevenção deve ser iniciada por meio do dimensionamento das exposições que permitam a instalação das medidas coletivas, seguidas de medidas administrativas ou de organização do trabalho.
A indicação de Equipamentos de Proteção Individual de forma segura é possível somente após a realização das medições ambientais.
O controle médico deve ser efetivado a fim de identificar possíveis desencadeamentos ou agravamentos de doenças ocupacionais e tomada de decisões.
Webgrafia:
[1] NHO-08 da FUNDACENTRO
[2] Sintomas dos avicultores de acordo com a literatura
internacional
[3] Poeiras de origem animal e vegetal associadas a asma
[4] Agricultura como principal meio de exposição a poeiras
orgânicas
[5] Doenças causadas por poeiras orgânicas
[6] Bissinose causada por poeiras de algodão, cânhamo, juta e
sisal
TARANTINO, Affonso B. Doenças Pulmonares. 4. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan,
1997. 1099p.
[7] Diagnóstico VEF1
[8] Limites de Tolerância no Brasil
[9] TLV ACGIH
[10]
Embasamento deste parágrafo
[11] Agentes etiológicos
Ergonomia
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Coluna Ergonomia. Um verdadeiro tratado sobre o assunto. Ideal para estudantes
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tem inicio aqui:
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Favor enviar currículos para composição do Banco de Currículos
através do e-mail:
Agradeço as empresas e aos profissionais que acreditam no nosso
trabalho.
Frase
de segurança:
“ A indicação de EPI para ruído e agentes respiráveis deve ser
precedida por levantamento ambiental a fim de permitir o correto
dimensionamento do equipamento ”
Datas comemorativas
D E Z E M B R O
Feriados e Datas Comemorativas de Dezembro de 2015
01 TER Dia Internacional da Luta contra a
AIDS
01 TER Dia do Numismata
02 QUA Dia Nacional das Relações Públicas
02 QUA Dia Nacional do Samba
02 QUA Dia da Astronomia
02 QUA Dia Panamericano da Saúde
03 QUI Dia Internacional do Portador de
Deficiência
03 QUI Dia Internacional do Deficiente Físico
03 QUI Dia de São Francisco Xavier
04 SEX Dia Mundial da Propaganda
04 SEX Dia do Pedicuro
04 SEX Dia do Orientador Profissional
04 SEX Dia do Perito Criminal Oficial
08 TER Dia da Família
08 TER Dia da Justiça
08 TER Dia da Imaculada Conceição
09 QUA Dia do Fonoaudiólogo
09 QUA Dia do Alcoólico Recuperado
10 QUI Dia da Declaração Universal dos
Direitos Humanos
10 QUI Dia Universal do Palhaço
11 SEX Dia do Engenheiro
13 DOM Dia de Santa Luzia
13 DOM Dia Nacional do Cego
13 DOM Dia do Marinheiro
13 DOM Dia do Ótico
13 DOM Dia do Engenheiro Avaliador e Perito de
Engenharia
13 DOM Dia do Pedreiro
14 SEG Dia Nacional do Ministério Público
15 TER Dia do Arquiteto
15 TER Dia Nacional da Economia Solidária
16 QUA Dia do Reservista
17 QUI Dia de São Lázaro
18 SEX Dia do Museólogo
18 SEX Dia de São Zózimo
20 DOM Dia do Mecânico
21 SEG Dia do Atleta
23 QUA Dia do Vizinho
24 QUI Dia do Órfão
25 SEX Natal
26 SÁB Dia de São Estevão
28 SEG Dia do Salva-vidas
31 QUI Dia de São Silvestre
Fonte:
Aos
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Agradeço a confiança dos
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trabalho com a utilização de falácias. Desse modo, também passei a exigir que
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