Recife/PE, agosto de 2015 – Exemplar nO 00084 –
Publicação Mensal
Segurança do Trabalho: A ciência da
prevenção
Segurança do Trabalho é o ramo do conhecimento humano que se
destina a preservação da saúde e da integridade física de trabalhadores em seu
ambiente laboral através da prevenção de acidentes e de doenças oriundas do
trabalho.
Segundo a fonte não muito confiável “Wikipédia”,[1]
“Segurança do trabalho é um conjunto de ciências e tecnologias que tem o
objetivo de promover a proteção do trabalhador no seu local de trabalho,
visando a redução de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.” Portanto,
Segurança do Trabalho é um conjunto de disciplinas que se inter-relacionam,
funcionando harmonicamente de modo a permitir a necessária abrangência e
funcionalidade da função do prevencionista dos diversos níveis e titularidades.
A ciência possui capacidades de previsibilidade, exatidão,
comprovação, reprodutibilidade, refutabilidade (Popper),[2] assim como,
instabilidade paradigmática (Kuhn).[3] Há necessidade de se estabelecer
critérios científicos para a Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho.
A Segurança do Trabalho tem adquirido grande abrangência nos
últimos anos. A NR-09,[4] por exemplo, que anterior a 1995 consistia
apenas numa única página do livro da legislação definindo os riscos ambientais,
hoje possui instruções detalhadas sobre a elaboração do PPRA. As Normas estão
ficando cada vez mais detalhadas e tão técnicas que brevemente teremos mais especializações
na área, não se resumindo apenas a higienistas ocupacionais e ergonomistas.
Prevejo até a criação de titularidades profissionais específicas para
determinados ramos de atividades econômicas, como “Técnicos em Segurança do
Trabalho de Construção Civil”, “Técnicos em Segurança do Trabalho Rural” e
outros. Entidades como a FUNDACENTRO estão tentando desenvolver um Sistema de Gestão
de Segurança e Saúde no Trabalho que garanta a atuação eficaz dos profissionais
da área, baseada nas metodologias da ciência e da administração. Mas para isso
há necessidade de uma maturidade cultural nessa área dentro das organizações.
Os estágios de maturidade cultural da Segurança do Trabalho no
modelo Hudson[5] ocorrem da seguinte forma:
Estágio patológico:
Ausência de ações na área de Segurança do Trabalho, com
atendimento precário a legislação;
Estágio reativo:
As ações acontecem apenas quando há a ocorrência de acidentes de
trabalho e mediante medidas sistemáticas e pontuais;
Estágio calculativo:
A empresa possui Gestão de Segurança do Trabalho, mas sem uma
visão sistêmica para controle total dos riscos;
Estágio proativo:
A Gestão de Segurança do Trabalho da empresa ganha mais
maturidade iniciando a passagem para o estágio da cultura construtiva, com
maior conscientização e empenho da alta direção na busca dos valores voltados
para a melhoria contínua promovida pelo sistema.
Estágio construtivo:
Neste estágio a Gestão de Segurança do Trabalho ganha a
maturidade necessária e se estabelece num SGI - Sistema de Gestão Integrada de
Meio Ambiente, Segurança e Saúde Ocupacional. Nesse momento a organização já
possui as informações (identificação dos riscos e perigos) e as metodologias
(formas de ação para controle dos riscos e perigos) necessárias para gerir o SGI
num processo contínuo de melhorias.
Segurança do Trabalho: Ciência e arte. Com disciplinas
específicas das mais diversas áreas do conhecimento humano, proporciona ao
profissional abrangência de conhecimentos que poucas profissões são capazes de
promover. Uma ciência linda e rica em informações úteis por excelência. Não
basta apenas possuir um título na área para ser um profissional. O especialista
em Segurança e Saúde no Trabalho necessita de atualização constante, tanto na
legislação quanto na tecnologia e na metodologia científica. São pessoas
eruditas porque são obrigadas a estudar todos os dias. Profissionais de
Segurança e Saúde que não estudam não são profissionais, mas apenas possuem o
título profissional respectivo da área. Eu estudo Segurança do Trabalho todos
os dias há mais de trinta anos e sempre esbarro com algo que ainda não sei. Segurança
do Trabalho é científica e não uma função política como alguns acreditam. Não é
conversa mole, mas fundamentação legal e científica. Quem não sabe disso ainda
não virou profissional. E não virou profissional porque não estuda e não sabe o
que é Segurança do Trabalho.
A Ciência da Prevenção busca impedir a ocorrência de acidentes e
doenças que possam ser adquiridas em decorrência da execução do trabalho ou da
permanência do trabalhador no ambiente laboral. Tal ciência deve atuar
estrategicamente com base em sistemas participativos e educativos objetivando a
promoção de mudanças nos recursos físicos, humanos e organizacionais ou
administrativos. Para isso, deve lançar mão de todos os recursos existentes na
ciência e na moderna Administração.
Webgrafia:
[2] Popper
Popper K. A lógica da pesquisa
científica. São Paulo: Cultrix, Edusp; 1975
[3] Kuhn
Kuhn T. The structure of scientific revolutions.
Chicago: Chicago University Press; 1972
[4] NR-09
[5] HUDSON, P. Aviation safety culture. Safeskies,
p. 1-23, 2001
Artigos pesquisados:
Arquivos antigos do Blog
Para relembrar ou ler
pela primeira vez sugerimos nesta coluna algumas edições com assuntos
relevantes para a área prevencionista. Vale a pena acessar.
EDIÇÃO SUGERIDA
HBI HEITOR BORBA INFORMATIVO N 52 DEZEMBRO DE 2012
Veiculando as seguintes
matérias:
CAPA
-“ Planejamento executivo
(PEX”
O Planejamento Executivo
(PEX) objetiva a execução dos serviços de forma planejada e organizada (sem
imprevistos), devendo também servir de base para elaboração do Plano de Segurança
(PSO) de determinado empreendimento.
COLUNA RISCO QUÍMICO X INSALUBRIDADE
-“Soluções neutralizantes para produtos químicos”
As soluções
neutralizantes são utilizadas em processos produtivos como agricultura,
fabricação de cosméticos, tratamento de solos e águas e meio ambiente.
COLUNA ERGONOMIA
- “Patogêneses e sintomatologias específicas dos agentes
ergonômicos”
Na publicação do
Ministério da Saúde “Doenças Relacionadas ao Trabalho – Manual de procedimentos
para os serviços de Saúde/2001”, encontramos uma lista com as patologias
relacionadas aos diversos riscos no trabalho.
E ainda a coluna “O
leitor pergunta”.
Flexão & Reflexão
A NR-31 e o PPRA
Alguns
Fiscais dos diversos órgãos do Estado responsáveis pela exigência dos Programas
Preventivos do Ministério do Trabalho e Emprego, profissionais e empresas de
assessoria, estão elaborando um Programa de Gestão de Segurança, Saúde e Meio
Ambiente de Trabalho Rural para as empresas enquadradas na NR-31, em vez do
PPRA. Isso procede?
A
NR-31 reza:[1]
“31.5 Gestão de Segurança, Saúde e Meio
Ambiente de Trabalho Rural
31.5.1 Os empregadores
rurais ou equiparados devem implementar ações de segurança e saúde que visem a
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho na unidade de produção
rural, atendendo a seguinte ordem de prioridade:
a) eliminação de riscos
através da substituição ou adequação dos processos produtivos, máquinas e
equipamentos;
b) adoção de medidas de
proteção coletiva para controle dos riscos na fonte;
c) adoção de medidas de
proteção pessoal.”
e
para alguns esse texto diz que não se deve elaborar PPRA para as empresas enquadradas
na NR-31, mas apenas um Programa de Gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente
de Trabalho Rural.
Sempre
digo que interpretação de texto deveria ser matéria obrigatória nos cursos de
Segurança do Trabalho. Para aqueles que acham que este item da NR-09:[2] “9.6.2 O conhecimento e a percepção que os
trabalhadores têm do processo de trabalho e dos riscos ambientais presentes,
incluindo os dados consignados no Mapa de Riscos, previsto na NR-5, deverão ser
considerados para fins de planejamento e execução do PPRA em todas as suas
fases.” diz que o reconhecimento dos riscos ergonômicos e de acidentes no
PPRA é facultativo, o texto da NR-31 citado acima é algo Shakespeareano.
Tempos
atrás, publiquei um artigo sobre elaboração de PPRA para obras de construção
civil[3], mostrando as incongruências das Normas Regulamentadoras.[4]
Voltando
a NR-31, percebemos que em nenhuma parte do seu texto diz que o PPRA não deve
ser elaborado. Já na NR-09 há a citação:
“9.1.1 Esta Norma Regulamentadora – NR
estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos
os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA…”
Também
não há referencia na NR-09 dizendo que no caso de atividades econômicas
específicas as empresas deverão elaborar os respectivos Programas previstos
para a atividade, estando desobrigadas da elaboração do PPRA, ou coisa
parecida. Sem dúvida, faltou essa previsão na NR-09 e outra semelhante na
NR-18, permanecendo a redundância.
Se
bem que na NR-22,[5] o negócio é diferente:
“22.3.7.1.3 Desobrigam-se da exigência do
PPRA as empresas que implementarem o PGR.”
No
entanto esse texto apenas denota que as leis são contraditórias levando-se em
conta que não há essa previsão na NR-09 e devia haver, visto que a NR-09 é
taxativa (“Todos”).
Para
quem possui capacidade mediana de interpretação de texto fica claro que não há
obrigatoriedade na NR-31 para elaboração de nenhum Programa de Gestão de
Segurança, Saúde e Meio Ambiente de Trabalho Rural em substituição ao PPRA.
O
que a NR rural citada diz é que deve haver uma Gestão de Segurança, Saúde e
Meio Ambiente de Trabalho Rural contemplando os aspectos elencados na Norma,
com o objetivo de eliminar riscos através da substituição ou adequação dos
processos produtivos, máquinas e equipamentos, adotar medidas de proteção
coletiva para controle dos riscos na fonte e adotar medidas de proteção
pessoal. Essas ações devem fazer parte do PPRA, considerando que são assuntos
integrantes das etapas desse Programa Preventivo, mas voltadas para a área
rural. É só isso.
Webgrafia:
[1]
NR-31
http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C816A4295EFDF0143067D95BD746A/NR-31%20(atualizada%202013).pdf
[2]
NR-09
[3]
Artigo PPRA para obras de construção civil
[4]
Normas Regulamentadoras
[5]
NR-22
Ajuda para profissionais de RH/GP
Aqui selecionamos uma série de artigos sobre assuntos de
interesse do Departamento de Recursos Humanos ou de Gestão de Pessoas das
Organizações. Postados de forma sequenciada, os profissionais podem acessar as
informações completas apenas clicando sobre os títulos na ordem em que se
apresentam. Para não sair desta página, o leitor deverá clicar sobre o título
com o mouse esquerdo e em seguida clicar em “abrir link em nova guia”, após
marcar o título.
Boa leitura.
[1]
Auxílio para Gestão do Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP
[2] Auxílio
para Gestão de SSO na área de RH/GP
Os riscos e suas implicações
O HBI tem uma série de artigos sobre riscos químicos iniciados
na Coluna “Segurança com produtos químicos”, quando o HBI ainda era no formato
“pdf”.
Ideal para estudantes da área e profissionais que desejem
aprofundar seus conhecimentos.
Você pode ler todo o trabalho a partir da Edição de número 14 do
HBI que tem inicio aqui:
A partir desta edição, basta clicar em “postagens mais recentes”
no final da página e acompanhar a sequencia dos assuntos de modo a formar um
volume único sobre o tema.
Para as publicações em “pdf”, postadas no formato foto, você
deverá clicar sobre a imagem do HBI correspondente a página para ampliar. Após
ler a edição ampliada, clicar na seta “voltar” no topo da página (onde tem o
endereço eletrônico do Blog), para retornar a edição em formato pequeno.
O conhecimento é essencial para o sucesso profissional.
Boa leitura.
Posturas corporais
Segundo a International Ergonomics Association (IEA)[1]
Ergonomia consiste numa disciplina científica que se preocupa com o
entendimento das interações entre seres humanos e outros elementos de um
sistema; profissão que se vale de teorias, princípios, dados e métodos
científicos para geração de projetos destinados a melhorias na qualidade de
vida dos seres humanos e dos sistemas em geral.
Até a década de 70 aqui no Brasil havia a cultura do senhor de
engenho, onde o trabalhador deveria se adaptar ao trabalho. Quando um empregado
da construção civil, por exemplo, se negava ou não conseguia erguer um saco de
cimento de 50 Kg, era interpretado como se ele “...não desse pro trabalho...”, sendo
sumariamente demitido sem dó nem piedade. Com o advento de normas mais
detalhadas, essa cultura foi aos poucos sendo modificada. Hoje sabemos que 80%
das pessoas têm ou terão problemas posturais, representando a segunda grande
causa de afastamento do trabalho.
Hoje entendemos que a ergonomia deve procurar adaptar o sistema
ao seu operador e não o contrário. O
conceito de usabilidade ocorre quando os usuários empregam o sistema para
alcançar seus objetivos.
Sem dúvida que a ergonomia é o principio da usabilidade. Quanto
mais adaptado ao trabalhador for o sistema em que o mesmo interage, mais eficaz
e eficiente é o sistema, proporcionando elevado grau de satisfação ao usuário.
A ISO 9241[2] define usabilidade:
Eficácia:
Capacidade que os sistemas conferem a diferentes tipos de usuários
para alcançar seus objetivos em número e com a qualidade necessária;
Eficiência:
Quantidade de recursos (tempo, esforço físico e cognitivo) que o
sistema solicita aos usuários para a obtenção dos objetivos esperados;
Satisfação:
Sensação emotiva causada pelo sistema decorrente dos resultados atingidos
e dos recursos necessários para alcançar tais objetivos.
Para Palmer (PALMER & APLER, 2000),[3] “A postura correta consiste no alinhamento do
corpo com eficiências fisiológicas e biomecânicas máximas, o que minimiza os
estresses e as sobrecargas sofridas ao sistema de apoio pelos efeitos da
gravidade.”
Em ergonomia, “Postura Padrão” significa “Postura Ideal” e não
“Postura Média”. A postura ideal pode ser conseguida através do alinhamento
esquelético considerado como padrão. O alinhamento esquelético considerado como
padrão fundamenta-se em princípios científicos e compreende uma quantidade mínima
de esforços e sobrecargas na manutenção da postura.
A manutenção da postura corporal se relaciona com o tônus
muscular, que é o estado de ligeira tensão dos músculos no estado de repouso. O
tônus muscular regula a disposição postural dos segmentos corporais e impede
que se desorganizem. Os agentes do tônus são os fusos neuromusculares, mantendo
a atividade em permanência pelos moto-neurônios-gama. Os motos-neurônios-alfa são
responsáveis pelo controle da contração muscular, atuando nos alongamentos dos
fusos. Como ilustração, citamos que num alongamento correspondente a três
gramas, os fusos desencadeiam o reflexo miotático, levando a contração do
músculo estriado, com uma tensão de 100 a 200 gramas, originando os Corpúsculos
de Golgi que originam o reflexo miotático inverso, que inibe o músculo alongado
e facilita o seu antagonista.
A figura abaixo representa uma Postura Padrão na posição de pé:
Percebemos pela figura acima que há necessidade de alinhamento
das curvaturas da coluna, nas regiões do pescoço (cervical), do meio das costas
(torácica) e da parte inferior das costas (lombar), caso contrário a postura
não estará correta.
O corpo humano é dividido em cabeça, pescoço, tronco e membros.
O tronco é subdividido em tórax, abdome, pelve, períneo e dorso. Os membros
superiores são divididos em ombro, braço, cotovelo, antebraço, punho, mão e
dedos. Os membros inferiores são divididos em quadril, coxa, joelho, perna, tornozelo,
pé e dedos.
O resultado da manutenção de posturas erradas resulta em hiperlordose
lombar, hiperlordose cervical, hipercifose torácica e escoliose.
Hiperlordose lombar:
Inclinação acentuada da pelve;
hiperlordose cervical:
Inclinação acentuada da coluna na região cervical, com desgaste
das vértebras, geralmente associada à hipercifose torácica;
Hipercifose Torácica:
Inclinação acentuada da coluna vertebral na forma de corcunda, com
desgaste das vertebras, surgimento de bico de papagaio e comprometimento das
funções pulmonares.
Escoliose:
Curvatura lateral da coluna vertebral ocasionada pela rotação
das vértebras.
Para que possamos realizar uma análise postural é necessário
identificar e localizar os segmentos corpóreos em função da linha de gravidade.
Esse trabalho objetiva analisar se determinado segmento corporal ou articulação
se encontra fora do alinhamento da Postura Ideal, de acordo com os tipos corporais:
Ectomórfico:
São ressaltadas as formas lineares e frágeis (epiderme e seus
anexos, encéfalo e medula espinhal), com maior superfície em relação à massa
corporal.
Mesomórfico:
São ressaltados os tecidos derivados do mesoderma (ossos,
músculos e tecido conjuntivo), com maior densidade e desenvolvimento
musculoesquelético.
Endomórfico:
Proveniente do endoderma (tubo digestivo e sistemas auxiliares),
como preponderância do sistema vegetativo e tendência à obesidade (baixa
densidade, massa flácida e formas arredondadas).
Eixos do corpo humano são linhas imaginárias. Os eixos do corpo
são: transversal, longitudinal e sagital. Na posição anatômica o
corpo é referenciado de acordo com três planos mutuamente ortogonais:
Plano sagital:[4]
Plano imaginário que parte um organismo ao meio, dividindo em parte
direita e parte esquerda. Os organismos apesar de serem idênticos externamente
diferem internamente (posição do fígado, do baço, da vesícula biliar e entre os
dois hemisférios cerebrais).
Plano coronal:[5]
Plano frontal que divide o corpo com cortes verticais e
perpendiculares ao plano mediano, definindo a parte ventral/anterior (frente)
da parte dorsal/posterior (costas). Divide diversos órgãos e indica a direção em
função de uma imagem (indicar qual parte fica em direção ao rosto e qual fica
em direção a nuca).
Plano transversal:[6]
Plano imaginário que divide um organismo ou órgão ao meio,
separando em superior e inferior
Os termos acima descrevem os movimentos e podem ser utilizados
para várias articulações do corpo, em todo o corpo. Alguns termos são
utilizados especificamente para certas regiões do corpo, mas sempre observando
a posição anatômica.
Os movimentos da coluna são:
Flexão lateral => Movimento no plano frontal em que a cabeça
ou o tronco lateralmente se afastam da linha mediana;
Redução => Movimento no plano frontal onde ocorre o retorno
da coluna vertebral à posição anatômica.
O número de pessoas com problemas posturais é enorme. A postura
é um sistema muito complexo e que varia de pessoa para pessoa. A postura pode
ser influenciada pela personalidade, pela maneira de se posicionar diante das situações,
cogita sobre a trajetória postural. Podemos caracterizar como “boa” uma postura
em que há equilíbrio corporal e o bom funcionamento entre as estruturas e os
órgãos, como também, uma aparência aceitável. Para se chegar a esse nível de
conscientização é necessário que o trabalhador tenha consciência dos riscos
posturais e um perfeito domínio corporal. A postura incorreta desencadeia
desorganização em vários componentes internos e externos do corpo humano, levando
o trabalhador a sentir dores e desconfortos. Contribuem para a postura corporal
também, aspectos relacionados a evolução postural, força de gravidade, força muscular,
sistema endócrino, órgão do equilíbrio, reflexo, imagem corporal, atitude, personalidade, profissão, hereditariedade e influência
social. Ocorrendo algum desequilíbrio nos elementos relacionados à postura,
surgem as doenças e desvios do eixo corporal.
Os fatores que podem estar relacionados com problemas posturais
são: Enfermidades diversas, fraqueza corporal, alguma deficiência muscular,
insuficiência ligamentar, região do quadril e coluna vertebral com pouca
flexibilidade, obesidade, sedentarismo, hereditariedade, erguimento e
transporte de pesos de forma irregular, manutenção por longo tempo na posição
sentada ou estática, movimentos repetitivos como dirigir e digitar, gravidez, falta
de habilidade motriz na fase de crescimento e maturação, questões socioculturais,
questões relacionadas a evolução para a postura ereta, modo de execução e de
organização do trabalho, estresse, etc
As intervenções para prevenção dos males relacionados às posturas
devem ser aplicadas sobre o ambiente, mobiliário, espaço, ferramentas, máquinas
e equipamentos sobre as formas de execução e de organização do trabalho.
Esses conhecimentos são necessários para identificação de
problemas posturais instalados. Para fins prevencionistas, tal conhecimento
pode ser utilizado para identificar situações posturais incorretas durante a
execução das atividades laborais. Também, definir as medidas ergonômicas preventivas
necessárias e suficientes para evitar danos à saúde e a integridade física dos trabalhadores.
Corrigindo preventivamente as posturas forçadas, ocasionadas por vícios corporais,
mobiliários, máquinas, equipamentos, ferramentas ou mesmo decorrente da execução
das atividades, podemos dizer que o PPRA da empresa está cumprindo sua função:
Prevenir acidentes e doenças ocasionadas pelo trabalho.
Webgrafia:
[1] International Ergonomics Association (IEA)
[2] ISO 9241- Usabilidade
[3] PALMER & APLER, 2000
[4] Plano sagital
[5] Plano coronal
[6] Plano transversal
Outros links de artigos pesquisados:
Ergonomia
O HBI tem uma série de artigos sobre ergonomia publicados na
Coluna Ergonomia. Um verdadeiro tratado sobre o assunto. Ideal para estudantes
da área e profissionais que desejem aprofundar seus conhecimentos.
Você pode ler todo o trabalho a partir da Edição de número 39
que tem inicio aqui:
A partir desta edição, basta clicar em “postagem mais recente”
no final da página e acompanhar a sequencia dos assuntos de modo a formar um
volume único sobre o tema.
Lembrando que o conhecimento é essencial para o sucesso
profissional.
Boa leitura.
O leitor pergunta...
POLÍTICA
DE COMENTÁRIOS
Considerando que não sou “dono da verdade”, convido
profissionais e especialistas a postarem comentários com refutações, críticas,
sugestões ou endossos concernentes aos assuntos abordados.
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do autor da pergunta. No entanto, as empresas serão preservadas.
Enviar perguntas para o e-mail:
Com a citação “Coluna o leitor pergunta”. Obrigado.
Pergunta:
Encaminhamos nossos eletricistas para realizarem o curso básico da
NR-10 numa empresa de assessoria aqui perto. Os certificados estão assinados
pelo médico do trabalho da empresa. Será que são Válidos?
Minha
resposta:
Não. Não
são. Para realizar intervenções em eletricidade é necessário aptidão,
qualificação ou capacitação profissional, habilitação e autorização. Os
certificados da NR-10, quando os cursos não forem realizados por instituições reconhecidas
pelo MEC, devem ser assinados por um Engenheiro Eletricista, como Supervisor/Instrutor
do curso, além de ser emitida a respectiva ART.
Mais
informações:
Artigo “Requisitos
legais para o exercício profissional do eletricista”
http://heitorborbainformativo.blogspot.com.br/2013/08/heitor-borba-informativo-n-60-agosto-de.html
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as empresas de acordo com o perfil solicitado. Não realizamos seleção pessoal.
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enviar seus currículos no formato “pdf” ou “Word” e salvo com nome de arquivo
contendo a função, o primeiro e último nome, mês atual e ano, conforme exemplos
abaixo:
Téc. Segurança Manoel Alves julho 2013.pdf
Eng. Segurança Almir Lima agosto 2013.doc
Enfermeiro José Tenório julho 2013.docx
Estagiário Téc. Segurança Jose Silva agosto 2013.doc
ATENÇÃO:
Currículos
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não serão considerados.
Gestores/Empresas:
Solicitem gratuitamente cópia dos currículos dos diversos
profissionais cadastrados no nosso Banco de Currículos através do e-mail:
Profissionais
Interessados:
Favor enviar currículos para composição do Banco de Currículos
através do e-mail:
Agradeço as empresas e aos profissionais que acreditam no nosso
trabalho.
Frase
de segurança:
“ PPRA é programa preventivo e não laudo ”
Datas comemorativas
A G O S T O
Feriados e Datas Comemorativas de Agosto de 2015
01 SÁB Dia Nacional do Selo
03 SEG Dia do Capoeirista
03 SEG Dia do Tintureiro
04 TER Dia do Padre
05 QUA Dia Nacional da Saúde
06 QUI Dia de São Salvador do Mundo
09 DOM Dia dos Pais
09 DOM Dia Internacional dos Povos Indígenas
11 TER Dia da Televisão
11 TER Dia do Advogado
11 TER Dia Internacional da Logosofia
11 TER Dia do Estudante
11 TER Dia do Garçom
12 QUA Dia Nacional das Artes
13 QUI Dia do Economista
13 QUI Dia do Canhoto
14 SEX Dia do Cardiologista
15 SÁB Dia da Assunção de Nossa Senhora
15 SÁB Dia da Informática
15 SÁB Dia dos Solteiros
15 SÁB Dia de São Tarcísio
16 DOM Dia do Filósofo
16 DOM Dia de São Roque
19 QUA Dia Mundial da Fotografia
19 QUA Dia do Artista de Teatro
20 QUI Dia do Maçom
20 QUI Dia de São Bernardo
22 SÁB Dia do Folclore
24 SEG Dia de São Bartolomeu
25 TER Dia do Feirante
25 TER Dia do Soldado
27 QUI Dia do Psicólogo
27 QUI Dia do Corretor de Imóveis
28 SEX Dia dos Bancários
28 SEX Dia da Avicultura
31 SEG Dia da Nutricionista
Fonte:
Aos
leitores
Agradeço a confiança dos
leitores neste trabalho. Aqui você encontra apenas ideias originais. Não há
cópia-cola de publicações existentes. Após vários questionamentos de leitores
sobre a veracidade dos assuntos veiculados, resolvi anexar fontes indexadas em
todos os artigos, neutralizando qualquer tentativa de desacreditar este
trabalho com a utilização de falácias. Desse modo, também passei a exigir que
todas as contestações fossem provadas por meio de fontes indexadas. Este é o
Blog oficial publicado por Heitor Borba. Clique em “Postagens mais antigas”
para ler as edições anteriores. Para ampliar as fotos, clique com o mouse
direito sobre a foto e em seguida “Abrir link em uma nova guia”. Informe-se,
discuta, questione, critique, divulgue e envie sugestões. Bons conhecimentos.
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