Artigos da Heitor Borba Soluções em Segurança do Trabalho

HEITOR BORBA INFORMATIVO N 85 SETEMBRO DE 2015


Recife/PE, setembro de 2015 – Exemplar nO 00085 – Publicação Mensal


Círculo de Controle da Qualidade (CCQ)



Círculo de Controle da Qualidade (CCQ) é uma ferramenta que permite estender a prática do controle da qualidade ao nível de operadores.

Qualidade pode ser definida como um conjunto de características atribuídas a produtos e serviços capazes de atender e satisfazer as expectativas e os desejos dos consumidores, na aquisição, no consumo e no pós venda.

O Círculo de Controle da Qualidade (CCQ) geralmente é composto por um grupo de funcionários voluntários que realizam reuniões regulares com o superior hierárquico direto. Esses funcionários são treinados nos procedimentos com métodos da qualidade a serem postos em prática de modo uniforme através dos mesmos. É um método para resolução de problemas e que permite buscar objetivos semelhantes por parte da equipe. Essa ferramenta proporciona elevação do nível de desempenho da empresa, impactando na sua eficiência e consequentemente na redução dos custos dos bens ou serviços produzidos.

As reuniões do CCQ objetivam levantar os principais problemas encontrados no trabalho para posterior identificação ou caracterização, análise, definição e execução das medidas corretivas necessárias e suficientes.
Os trabalhos são desenvolvidos considerando cinco etapas:
a)    Definição dos objetivos;

b)    Análise dos problemas;

c)    Proposição de soluções;

d)    Elaboração do Plano de Ação para correção dos problemas;

e)    Execução e ajustes do Plano de Ação.

Os métodos para que a qualidade total seja atingida são:

ü  Investimento na elevação motivacional dos funcionários de modo a oferecer oportunidades para que os mesmos possam solucionar os problemas corporativos;

ü  Fomentação de mentalidade político-filosófica para prevenção de falhas;

ü  Melhoria na comunicação e nos relacionamentos entre os funcionários da organização;

ü  Garantia na qualidade da produção;

ü  Redução de custos;

ü  Redução de perdas;

ü  Aumento da produtividade;

ü  Estimular e valorizar novas ideias que possam melhorar os processos.

O Círculo de Controle da Qualidade deve ser composto por no mínimo:
a)    Um líder para coordenação das atividades;

b)    Grupo de funcionários capacitados para propor ideias, propostas e sugestões objetivas e acertadas;

c)    Um secretário responsável pelos registros dos planejamentos, observações, verificações, discussões e demais ações necessárias ao processo.

O CCQ utiliza métodos avançados de solução de problemas, como a ferramenta PDCA, cuja sigla é formada pela abreviatura das palavras inglesas “Plan” (Planejar), “Do” (Executar), “Check” (Verificar) e “Act” (Agir):
ü  PLAN: Fase de Planejamento;

ü  DO: Fase de Execução;

ü  CHECK: Fase de Verificação;

ü  ACT: Fase de Ação.

Ou seja, também é proativo e age preventivamente.

Podemos citar como objetivos principais do CCQ:
ü  Reduzir a ocorrência de erros na linha de produção;

ü  Melhorar a qualidade total tanto do processo quanto do produto;

ü  Fomentar sentimento de maior eficiência dentro da equipe de trabalho;

ü  Incentivar e estimular o envolvimento total do trabalhador com o trabalho;

ü  Exaltar a motivação do trabalhador como elemento participante e atuante do processo;

ü  Capacitar os membros para resolver os problemas surgidos dentro da linha de produção;

ü  Conhecer e desenvolver ações fundamentais para prevenção de problemas;

ü  Proporcionar, incentivar, desenvolver e melhorar processos de comunicação vertical e horizontal;

ü  Manter uma relação harmônica, produtiva e criativa entre subordinados e superiores;

ü  Incentivar e promover hierarquicamente os funcionários;

ü  Desenvolver as lideranças, principalmente as emergenciais;

ü  Fomentar e desenvolver capacitação e conhecimento superiores aos encontrados na organização, numa busca contínua pelo conhecimento tecnológico aplicável;

ü  Aumentar a sensação de segurança dos funcionários.

Ao final do processo todo funcionário deve ser e se sentir:
ü  Especialista em sua atividade;

ü  Conhecedor pleno do seu trabalho e dos problemas que possam surgir;

ü  Seguro ao executar todas as atividades componentes da sua função.


Percebemos que estruturalmente os CCQ são bem semelhantes as nossas CIPA, mas voltados para a área de qualidade, com fins de promoção da melhoria continua. Essa semelhança pode resultar na fundição das duas entidades, considerando que geralmente todos os setores da empresa são representados por cipeiros. Enquanto as CIPA são montadas para todo o estabelecimento, os CCQ são setoriais ou departamentais. Para esse contexto os membros da CIPA podem formar comissões para atuação em determinados setores. Convém lembrar que a tendência atual é que os CCQ deixem a administração setorial ou departamental e passem a atuar numa gestão sistêmica do negócio, baseada em processos. Uma visão sistêmica pode identificar dificuldades, alinhar o Plano de Ação e reduzir os riscos de insucesso. Muitas vezes uma solução ótima para um setor pode ocasionar impactos negativos em outra área integrante do fluxo produtivo.

Os CCQ são formados por grupos de voluntários idênticos a CIPA, e sendo também grupos políticos, podem ser desestimulados e perderem a funcionalidade ao longo do tempo (como ocorre com membros da CIPA recambiados para vários mandatos). O fato de atuarem numa gestão anual, sendo os membros reciclados a cada ano, evita o comodismo funcional devido ao desestimulo. A desvantagem é o esforço a ser demandado para capacitação anual dos membros inexperientes. No entanto os CCQ comprovadamente agregam valor a Gestão da Qualidade. Boa gestão.


Webgrafia:







Arquivos antigos do Blog



Para relembrar ou ler pela primeira vez sugerimos nesta coluna algumas edições com assuntos relevantes para a área prevencionista. Vale a pena acessar.
       
EDIÇÃO SUGERIDA
HBI HEITOR BORBA INFORMATIVO N 53 JANEIRO DE 2013
Veiculando as seguintes matérias:

CAPA
-“Barreiras acústicas abertas”
As barreiras acústicas são anteparos acústicos destinados a isolar determinado espaço físico de emanações de ondas sonoras provenientes de fontes geradoras de ruído. 

COLUNA RISCO QUÍMICO X INSALUBRIDADE
-“Os riscos da Corrosão
A partir desta edição vamos no ater a um grave problema que afeta principalmente as estruturas metálicas integrantes de pisos, plataformas, grampos de topo de edificações destinadas à fixação de andaimes e EPC dotados por componentes metálicos.

COLUNA ERGONOMIA
- “Monitorando o número de toques no teclado”
O monitoramento do número de toques no teclado deverá ser utilizado como ação preventiva no combate as LER – Lesões por Esforços Repetitivos.
E ainda a coluna “O leitor pergunta”.




Flexão & Reflexão 


Empregador é obrigado a cumprir lei que é proibido de constatar se a mesma foi cumprida


A legislação de Segurança e Saúde no Trabalho deve ser cumprida por todas as empresas e sob a responsabilidade do empregador. Mas o que fazer quando a lei proíbe o empregador de verificar se a lei a que está obrigado a cumprir foi cumprida? Hã?

Na NR-07[1] temos:
7.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.

A obrigação para elaboração e implementação do PCMSO é do empregador.

Mas adiante e na mesma Norma temos:
7.4.5 Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames complementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registrados em prontuário clínico individual, que ficará sob a responsabilidade do médico-coordenador do PCMSO.

7.4.5.1 Os registros a que se refere o item 7.4.5 deverão ser mantidos por período mínimo de 20 (vinte) anos após o desligamento do trabalhador.

7.4.5.2 Havendo substituição do médico a que se refere o item 7.4.5, os arquivos deverão ser transferidos para o seu sucessor.

8. Identificação dos Filmes (Radiologia Convencional)
Nos filmes deve constar no canto superior direito a data da realização do exame, número de ordem do serviço ou do prontuário do paciente, nome completo do paciente ou as iniciais do nome completo.

Dentre as obrigações legais decorrentes da implementação do PCMSO temos a de elaboração de Prontuário Clínico Individual.

No Manual de Execução da NR-07 ou Despacho da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (1º de Outubro de 1996)[2] consta o seguinte:

Os prontuários médicos devem ser guardados por 20 anos, prazo este de prescrição das ações pessoais (Código Civil Brasileiro - art. 177).
Do ponto de vista médico, grande parte das doenças ocupacionais têm tempo de latência entre a exposição e o aparecimento da moléstia de muitos anos. Em alguns casos esse período é de cerca de 40 anos. Assim, a conservação dos registros é importante para se recuperar a história profissional do trabalhador em caso de necessidade futura. Também para estudos epidemiológicos futuros é importante a conservação desses registros.
A guarda dos prontuários médicos é da responsabilidade do coordenador. Por se tratar de documento que contém informações confidenciais da saúde das pessoas, o seu arquivamento deve ser feito de modo a garantir o sigilo das mesmas. Esse arquivo pode ser guardado no local em que o médico coordenador considerar que os pré-requisitos acima estejam atendidos, podendo ser na própria empresa, em seu consultório ou escritório, na entidade a que está vinculado etc.
O prontuário médico pode ser informatizado, desde que resguardado o sigilo médico, conforme
prescrito no código de ética médica.
O resultado dos exames complementares deve ser comunicado ao trabalhador e entregue ao mesmo uma cópia, conforme prescrito no § 5º do art. 168 da CLT, e o inciso III da alínea "c" do item l.7 da NR 01 (Disposições Gerais).

Gestão de resultados de exames médicos ocupacionais fora da esfera médica[3] possui restrições por causa do sigilo médico, conforme alerta no texto acima: “Por se tratar de documento que contém informações confidenciais da saúde das pessoas, o seu arquivamento deve ser feito de modo a garantir o sigilo das mesmas.

Vocês conhecem algum Médico Examinador de empresa que não possui Médico Coordenador do PCMSO manter Prontuário Clínico Individual?

Interessante que a NR-07 isenta as empresas que não possuem Médico Coordenador apenas quanto à obrigatoriedade de elaboração do Relatório Anual:

7.4.6.4 As empresas desobrigadas de indicarem médico coordenador ficam dispensadas de elaborar o relatório anual. (Alterado pela Portaria n.º 8, de 05 de maio de 1996)

Mas não isenta em relação ao Prontuário Clínico Individual. Ou seja, o Prontuário Clínico Individual deve ser mantido pelos Médicos Examinadores do PCMSO mesmo que a empresa não possua Médico Coordenador do PCMSO. O PCMSO institui a figura de três Médicos do PCMSO: Elaborador, Examinador e Coordenador.[4]

Como saber se o Médico Coordenador ou Examinador está cumprindo essa determinação?

Os Médicos Coordenadores de PCMSO certamente cumprem essa determinação. O problema reside nos Médicos Examinadores, principalmente de empresas que não estão obrigadas a indicar Médico Coordenador. Como o empregador é proibido de verificar isso, mas uma vez será prejudicado por ser responsável por algo que não pode controlar.

Situação semelhante ocorre em relação aos assaltos de trabalhadores no percurso trabalho-residência e residência-trabalho, levando-se em conta que esse tipo de infortúnio também é considerado acidente de trabalho, o empregador é obrigado e emitir a CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho ao INSS e pagar o preço pelo aumento do número de acidentes ocorridos em sua empresa, com a majoração das alíquotas do SAT – Seguro Acidente de Trabalho. Coisas do Brasil.

Webgrafia:
[1] NR-07

[2] Despacho da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho

[3] Gestão de resultados de exames médicos ocupacionais fora da esfera médica

[4] Os médicos do PCMSO




Ajuda para profissionais de RH/GP



Aqui selecionamos uma série de artigos sobre assuntos de interesse do Departamento de Recursos Humanos ou de Gestão de Pessoas das Organizações. Postados de forma sequenciada, os profissionais podem acessar as informações completas apenas clicando sobre os títulos na ordem em que se apresentam. Para não sair desta página, o leitor deverá clicar sobre o título com o mouse esquerdo e em seguida clicar em “abrir link em nova guia”, após marcar o título.

Boa leitura.

[1] Auxílio para Gestão do Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP












[2] Auxílio para Gestão de SSO na área de RH/GP

























Os riscos e suas implicações


O HBI tem uma série de artigos sobre riscos químicos iniciados na Coluna “Segurança com produtos químicos”, quando o HBI ainda era no formato “pdf”.

Ideal para estudantes da área e profissionais que desejem aprofundar seus conhecimentos.

Você pode ler todo o trabalho a partir da Edição de número 14 do HBI que tem inicio aqui:

  
A partir desta edição, basta clicar em “postagens mais recentes” no final da página e acompanhar a sequencia dos assuntos de modo a formar um volume único sobre o tema.

Para as publicações em “pdf”, postadas no formato foto, você deverá clicar sobre a imagem do HBI correspondente a página para ampliar. Após ler a edição ampliada, clicar na seta “voltar” no topo da página (onde tem o endereço eletrônico do Blog), para retornar a edição em formato pequeno.

O conhecimento é essencial para o sucesso profissional.

Boa leitura.


Efeitos fisiológicos da iluminação


O olho é o órgão dos sentidos que possibilita aos seres humanos a percepção do mundo de forma mais ampla, sendo luz o vetor que permite a ocorrência do fenômeno da visão.
                                         
O efeito biológico mais relevante das ondas eletromagnéticas na faixa da luz visível é a estimulação das células existentes no fundo da retina ocular, causando a sensação visual. A sensação visual causada pelos estímulos luminosos ocasiona a ocorrência de impulsos elétricos que são enviados ao cérebro por meio do nervo ótico. No cérebro ocorre o processamento para interpretação desses estímulos, de acordo com as intensidades de luz recebidas pelos olhos.  O processo fotobiológico visual é processado de modo que a porção de radiação luminosa visível (refletida ou emitida) pelos corpos penetra no sistema ótico. O sistema da visão é formado basicamente pela córnea e pela retina.  A radiação luminosa incide sobre a retina e são recebidas pelos cones colorativos e pelos bastonetes (células nervosas da visão), cuja energia luminosa provoca excitação nessas células e são repassadas ao cérebro que as decodifica em claro, escuro e cores, formando as imagens. Os cones colorativos são responsáveis pela percepção das cores e detalhes finos e os bastonetes pela percepção do preto e branco (presença ou ausência de luz). Significa que a luz que incide no sistema ocular humano permite a percepção de formas, cores e detalhes.[1]

Existem aproximadamente seis milhões de cones colorativos que são mais sensíveis à luz do que os bastonetes. Os bastonetes correspondem a 120 milhões de unidades e são destinados a baixas luminosidades.

As principais características do olho humano durante o processo de visão, do ponto de vista fisiológico, encontram-se relacionadas diretamente a:
a)    Acomodação;
b)    Campo de visão;
c)    Acuidade;
d)    Persistência visual;
e)    Visão de cores.

A ABNT NBR 5413 define três valores (Mínimo, médio e máximo) de iluminância, cuja seleção ocorre por ponderação de valores de orientação.
Os parâmetros a serem considerados são:
a)    Tipo de tarefa realizada;
b)    Idade do trabalhador;
c)    Refletância de fundo;
d)    Velocidade de realização da tarefa;
e)    Precisão da tarefa.

Abaixo tabela da NBR 5413:


Fotometria é o ramo da óptica que se ocupa de medir a luz em relação à percepção do olho humano. Já a radiometria é a ciência que mede a luz em relação a sua potência absoluta. (potência radiante em função do comprimento de onda e em relação à função de luminosidade modeladora da sensibilidade do olho humano ao brilho). A intensidade luminosa é o valor da energia radiante emitida por uma fonte de luz, cuja unidade é a candela.[2]

Em cálculos para elaboração de projetos de iluminação é necessário conhecer a curva ou diagrama fotométrico dos focos luminosos.  O diagrama polar ou cartesiano, específico da lâmpada (fornecido pelo fabricante), apresenta a curva indicadora das intensidades luminosas de um foco de luz em função da direção em que esse foco é observado:[3]

Iluminamento de um plano é o fluxo luminoso incidente pela unidade de área do mesmo. Este plano é localizado a um metro acima do solo e conhecido como Plano de Trabalho ou Plano Útil.
Para realização dos cálculos podem ser utilizadas duas unidades:
a)    Lux (Iluminamento produzido pela incidência de um lúmen por metro quadrado) => 1lux = 1lm/m2;
b)    Foot-candel (Iluminamento de um lúmen por pé quadrado) => 1fc =1lm/pé2.

As unidades de medidas dependem do sistema de medidas adotado.

Relação de equivalência entre lux e foot-candels:

1 lux = 10,7 foot-candels[4]

Alguns exemplos de níveis de iluminamento:
Luz solar em dia claro (exterior) ≈  100.000 lux
Sala com janelas amplas, à luz do dia ≈ 1.000 lux
Sala bem iluminada por lâmpadas ≈ 300-500lux

A NR-17 estabelece parâmetros para níveis de iluminamento mínimos a serem observados nos locais de trabalho.[5] Apesar da NBR citada já ter sido revogada pela ABNT, legalmente continua ainda em vigor a NBR antiga (NBR 5413).[6]

A elaboração de projetos exige conhecimentos técnicos muito além da simples informação sobre os níveis mínimos a serem considerados, como por exemplo:
a)    Ambiências físicas;
b)    Necessidades específicas para execução da atividade;
c)    Eliminação de contrates, ofuscamentos e sombras;
d)    Reduzir dos esforços para adaptação do olho;
e)    Características da edificação;
f)     Fator de reflexão das superfícies;
g)    Intensidade luminosa;
h)    Quantidade de lâmpadas;
i)     Tempo de exposição;
j)      Contraste entre figura e fundo.

Causas da ocorrência de ofuscamentos, sombras, contrastes e irregularidades de foco:
Ofuscamento ou reflexo – Ocorre quando o nível de iluminamento é elevado ou a fonte de luz e o ângulo visual são muito próximos;

Sombra – Ocorre quando a abertura do foco da iluminação ou difusão da luz ocorre de forma irregular;

Contraste – Ocorre quando o grau de contraste entre o objeto focado e o ambiente é baixo.

Irregularidade do foco luminoso – Ocorre quando há deficiência na direção do faixo de luz ou difusão irregular da luz.

Também, algumas cores podem modificar a impressão das dimensões de um local. Um simples exemplo é o caso de um piso e um teto de cores escuras, que darão impressão de ter um pé direito mais baixo. Cores frias e claras no teto refletem mais a iluminação e passam a impressão de um ambiente maior. Nesse processo, o uso de cores também é importante para o conforto visual e para evitar acidentes.[7]

Consequências de níveis de iluminamento irregulares:
a)    Acidentes e erros;
b)    Fadiga visual;
c)    Ambiente desagradável;
d)    Influencia psicológica negativa;
e)    Queda na produtividade.

Um projeto ótimo de iluminamento apresenta os seguintes benefícios:
a)    Harmonia estética;
b)    Conforto visual;
c)    Melhor conservação e limpeza dos ambientes;
d)    Incentivo à convivência social;
e)    Programação visual das tarefas;
f)     Melhor satisfação profissional;
g)    Maior eficiência e produtividade;
h)    Redução da fadiga visual;
i)     Aumento da segurança ocupacional, com redução dos acidentes de trabalho.

A fadiga visual ocorre porque o nível de iluminamento interfere diretamente no mecanismo fisiológico da visão e também na musculatura que comanda o movimento dos olhos. Basicamente a fadiga visual depende também de outros fatores, como por exemplo, quantidade de luz,  tempo de exposição e contraste entre figura e fundo.  Nas atividades que exigem esforço visual, baixos níveis de iluminamento associados a outros fatores ergonômicos, como por exemplo, localização da superfície de leitura, assento inadequado, tempo exagerado de exposição, umidade do ar, dentre outros, causam fadiga ocular. A fadiga pode progredir para o sistema musculo esquelético da cabeça, pescoço e coluna, provocando dores, irritação e consequente diminuição da capacidade laborativa.

A fadiga visual pode ocasionar no sistema ocular os seguintes danos:
a)    Irritação contínua da conjuntiva;
b)    Avermelhamento e coceira;
c)    Redução da acuidade visual;
d)    Paralisia da musculatura do olho com evolução para o efeito de visão dupla;
e)    Danos ao aparelho psíquico.

Os efeitos fisiológicos da iluminação e suas consequências no ambiente de trabalho possuem estudos conclusivos, conforme webgrafia anexa, e precisam ser considerados pelas empresas, além dos agentes de riscos ambientais físicos, químicos e biológicos.

Por se tratar de um agente ergonômico, muitas vezes o risco “Baixo nível de iluminamento” não é considerado na elaboração do PPRA.

Webgrafia:
[1] Olho humano

[2] Ótica – Fotometria e radiometria

[3] Curva fotométrica


[4] Relação de equivalência entre lux e foot-candels


[5] NR-17

[6] A lei que chama a norma que foi revogada

[7] Cores no ambiente de trabalho


Artigos relacionados:








Ergonomia


O HBI tem uma série de artigos sobre ergonomia publicados na Coluna Ergonomia. Um verdadeiro tratado sobre o assunto. Ideal para estudantes da área e profissionais que desejem aprofundar seus conhecimentos.

Você pode ler todo o trabalho a partir da Edição de número 39 que tem inicio aqui:

  
A partir desta edição, basta clicar em “postagem mais recente” no final da página e acompanhar a sequencia dos assuntos de modo a formar um volume único sobre o tema.

Lembrando que o conhecimento é essencial para o sucesso profissional.

Boa leitura.



O leitor pergunta...



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Enviar perguntas para o e-mail:


Com a citação “Coluna o leitor pergunta”. Obrigado.

Pergunta:
Andei procurando seu nome em alguns grupos do facebook e linkedin e não encontrei. Você faz parte de algum grupo de discussão da área prevencionista?

Antonio Medeiros – TST.

Minha resposta:
Não. Não perco meu tempo discutindo opiniões e crenças alheias. Segurança do trabalho não é religião onde cada um diz o que quer. O povo foi ensinado a acreditar e acha que tudo é questão de fé. Se a humanidade dependesse desse povo ainda estaria extraindo dentes sem anestesia. Meus artigos são embasados na ciência e na legislação.  Caso alguém não concorde basta apresentar as fontes legais ou científicas devidamente indexadas provando o contraditório. Prometo que retiro o artigo do ar ou procedo as alterações necessárias. Na verdade as pessoas ficam mais burras nesses grupos, dando créditos a opiniões e crenças. Se aproveitassem o tempo para estudar seria mais negócio. E isso é fato, a julgar pelos e-mails que recebo de profissionais defendendo falácias das mais absurdas.




Banco de Currículos é um serviço gratuito que objetiva a reinserção de profissionais no mercado de trabalho e é destinado aos leitores em geral.

As referencias profissionais devem ser levantadas pelas empresas solicitantes através dos dados curriculares.

O administrador deste Blog não se responsabiliza pelos dados constantes dos currículos enviados.

Os currículos são cadastrados por Título Profissional e enviados as empresas de acordo com o perfil solicitado. Não realizamos seleção pessoal.

Os profissionais disponíveis para o mercado de trabalho devem enviar seus currículos no formato “pdf” ou “Word” e salvo com nome de arquivo contendo a função, o primeiro e último nome, mês atual e ano, conforme exemplos abaixo:

Téc. Segurança Manoel Alves julho 2013.pdf

Eng. Segurança Almir Lima agosto 2013.doc

Enfermeiro José Tenório julho 2013.docx  

Estagiário Téc. Segurança Jose Silva agosto 2013.doc

ATENÇÃO:
Currículos enviados no próprio e-mail ou em outros formatos que não seja “pdf” ou “Word” não serão considerados.
                       
Gestores/Empresas:
Solicitem gratuitamente cópia dos currículos dos diversos profissionais cadastrados no nosso Banco de Currículos através do e-mail:


Profissionais Interessados:
Favor enviar currículos para composição do Banco de Currículos através do e-mail:


Agradeço as empresas e aos profissionais que acreditam no nosso trabalho.


Frase de segurança:

“ Segurança do trabalho também é qualidade ”


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  • 29TER
  • 29TER
  • 30QUA
Fonte:


Aos leitores

Agradeço a confiança dos leitores neste trabalho. Aqui você encontra apenas ideias originais. Não há cópia-cola de publicações existentes. Após vários questionamentos de leitores sobre a veracidade dos assuntos veiculados, resolvi anexar fontes indexadas em todos os artigos, neutralizando qualquer tentativa de desacreditar este trabalho com a utilização de falácias. Desse modo, também passei a exigir que todas as contestações fossem provadas por meio de fontes indexadas. Este é o Blog oficial publicado por Heitor Borba. Clique em “Postagens mais antigas” para ler as edições anteriores. Para ampliar as fotos, clique com o mouse direito sobre a foto e em seguida “Abrir link em uma nova guia”. Informe-se, discuta, questione, critique, divulgue e envie sugestões. Bons conhecimentos. 
  

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