Recife/PE, setembro de 2015 – Exemplar nO 00085 –
Publicação Mensal
Círculo de Controle da Qualidade (CCQ)
Qualidade pode ser definida como um conjunto de características
atribuídas a produtos e serviços capazes de atender e satisfazer as
expectativas e os desejos dos consumidores, na aquisição, no consumo e no pós
venda.
O Círculo de Controle da Qualidade (CCQ) geralmente é composto
por um grupo de funcionários voluntários que realizam reuniões regulares com o superior
hierárquico direto. Esses funcionários são treinados nos procedimentos com
métodos da qualidade a serem postos em prática de modo uniforme através dos
mesmos. É um método para resolução de problemas e que permite buscar objetivos
semelhantes por parte da equipe. Essa ferramenta proporciona elevação do nível
de desempenho da empresa, impactando na sua eficiência e consequentemente na
redução dos custos dos bens ou serviços produzidos.
As reuniões do CCQ objetivam levantar os principais problemas
encontrados no trabalho para posterior identificação ou caracterização,
análise, definição e execução das medidas corretivas necessárias e suficientes.
Os trabalhos são desenvolvidos considerando cinco etapas:
a)
Definição dos objetivos;
b)
Análise dos problemas;
c)
Proposição de soluções;
d)
Elaboração do Plano de Ação para correção dos problemas;
e)
Execução e ajustes do Plano de Ação.
Os métodos para que a qualidade total seja atingida são:
ü
Investimento na elevação motivacional dos funcionários de modo a
oferecer oportunidades para que os mesmos possam solucionar os problemas
corporativos;
ü
Fomentação de mentalidade político-filosófica para prevenção de
falhas;
ü
Melhoria na comunicação e nos relacionamentos entre os funcionários
da organização;
ü
Garantia na qualidade da produção;
ü
Redução de custos;
ü
Redução de perdas;
ü
Aumento da produtividade;
ü
Estimular e valorizar novas ideias que possam melhorar os
processos.
O Círculo de Controle da Qualidade deve ser composto por no
mínimo:
a)
Um líder para coordenação das atividades;
b)
Grupo de funcionários capacitados para propor ideias, propostas
e sugestões objetivas e acertadas;
c)
Um secretário responsável pelos registros dos planejamentos,
observações, verificações, discussões e demais ações necessárias ao processo.
O CCQ utiliza métodos avançados de solução de problemas, como a
ferramenta PDCA, cuja sigla é formada pela abreviatura das palavras inglesas “Plan”
(Planejar), “Do” (Executar), “Check” (Verificar) e “Act” (Agir):
ü
PLAN: Fase de Planejamento;
ü
DO: Fase de Execução;
ü
CHECK: Fase de Verificação;
ü
ACT: Fase de Ação.
Ou seja, também é proativo e age preventivamente.
Podemos citar como objetivos principais do CCQ:
ü
Reduzir a ocorrência de erros na linha de produção;
ü
Melhorar a qualidade total tanto do processo quanto do produto;
ü
Fomentar sentimento de maior eficiência dentro da equipe de
trabalho;
ü
Incentivar e estimular o envolvimento total do trabalhador com o
trabalho;
ü
Exaltar a motivação do trabalhador como elemento participante e
atuante do processo;
ü
Capacitar os membros para resolver os problemas surgidos dentro
da linha de produção;
ü
Conhecer e desenvolver ações fundamentais para prevenção de
problemas;
ü
Proporcionar, incentivar, desenvolver e melhorar processos de
comunicação vertical e horizontal;
ü
Manter uma relação harmônica, produtiva e criativa entre
subordinados e superiores;
ü
Incentivar e promover hierarquicamente os funcionários;
ü
Desenvolver as lideranças, principalmente as emergenciais;
ü
Fomentar e desenvolver capacitação e conhecimento superiores aos
encontrados na organização, numa busca contínua pelo conhecimento tecnológico
aplicável;
ü
Aumentar a sensação de segurança dos funcionários.
Ao final do processo todo funcionário deve ser e se sentir:
ü
Especialista em sua atividade;
ü
Conhecedor pleno do seu trabalho e dos problemas que possam
surgir;
ü
Seguro ao executar todas as atividades componentes da sua
função.
Percebemos que estruturalmente os CCQ são bem semelhantes as
nossas CIPA, mas voltados para a área de qualidade, com fins de promoção da
melhoria continua. Essa semelhança pode resultar na fundição das duas
entidades, considerando que geralmente todos os setores da empresa são
representados por cipeiros. Enquanto as CIPA são montadas para todo o
estabelecimento, os CCQ são setoriais ou departamentais. Para esse contexto os
membros da CIPA podem formar comissões para atuação em determinados setores. Convém
lembrar que a tendência atual é que os CCQ deixem a administração setorial ou departamental
e passem a atuar numa gestão sistêmica do negócio, baseada em processos. Uma
visão sistêmica pode identificar dificuldades, alinhar o Plano de Ação e reduzir
os riscos de insucesso. Muitas vezes uma solução ótima para um setor pode
ocasionar impactos negativos em outra área integrante do fluxo produtivo.
Os CCQ são formados por grupos de voluntários idênticos a CIPA,
e sendo também grupos políticos, podem ser desestimulados e perderem a
funcionalidade ao longo do tempo (como ocorre com membros da CIPA recambiados
para vários mandatos). O fato de atuarem numa gestão anual, sendo os membros
reciclados a cada ano, evita o comodismo funcional devido ao desestimulo. A
desvantagem é o esforço a ser demandado para capacitação anual dos membros
inexperientes. No entanto os CCQ comprovadamente agregam valor a Gestão da
Qualidade. Boa gestão.
Webgrafia:
Arquivos antigos do Blog
Para relembrar ou ler
pela primeira vez sugerimos nesta coluna algumas edições com assuntos
relevantes para a área prevencionista. Vale a pena acessar.
EDIÇÃO SUGERIDA
HBI HEITOR BORBA INFORMATIVO N 53 JANEIRO DE 2013
Veiculando as seguintes
matérias:
CAPA
-“Barreiras acústicas abertas”
As barreiras acústicas
são anteparos acústicos destinados a isolar determinado espaço físico de
emanações de ondas sonoras provenientes de fontes geradoras de ruído.
COLUNA RISCO QUÍMICO X INSALUBRIDADE
-“Os riscos da
Corrosão”
A partir desta edição
vamos no ater a um grave problema que afeta principalmente as estruturas
metálicas integrantes de pisos, plataformas, grampos de topo de edificações
destinadas à fixação de andaimes e EPC dotados por componentes metálicos.
COLUNA ERGONOMIA
- “Monitorando o número de
toques no teclado”
O monitoramento do
número de toques no teclado deverá ser utilizado como ação preventiva no
combate as LER – Lesões por Esforços Repetitivos.
E ainda a coluna “O
leitor pergunta”.
Flexão & Reflexão
Empregador é obrigado a cumprir lei que é proibido de constatar
se a mesma foi cumprida
A
legislação de Segurança e Saúde no Trabalho deve ser cumprida por todas as
empresas e sob a responsabilidade do empregador. Mas o que fazer quando a lei
proíbe o empregador de verificar se a lei a que está obrigado a cumprir foi
cumprida? Hã?
Na
NR-07[1] temos:
“7.1.1 Esta Norma Regulamentadora - NR
estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos
os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de
promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.”
A
obrigação para elaboração e implementação do PCMSO é do empregador.
Mas
adiante e na mesma Norma temos:
“7.4.5 Os dados obtidos nos exames médicos,
incluindo avaliação clínica e exames complementares, as conclusões e as medidas
aplicadas deverão ser registrados em prontuário clínico individual, que ficará
sob a responsabilidade do médico-coordenador do PCMSO.”
“7.4.5.1 Os registros a que se refere o item
7.4.5 deverão ser mantidos por período mínimo de 20 (vinte) anos após o
desligamento do trabalhador.”
“7.4.5.2 Havendo substituição do médico a que
se refere o item 7.4.5, os arquivos deverão ser transferidos para o seu
sucessor.”
“8. Identificação dos Filmes (Radiologia
Convencional)
Nos filmes deve constar
no canto superior direito a data da realização do exame, número de ordem do
serviço ou do prontuário do paciente, nome completo do paciente ou as iniciais
do nome completo.”
Dentre
as obrigações legais decorrentes da implementação do PCMSO temos a de elaboração
de Prontuário Clínico Individual.
No
Manual de Execução da NR-07 ou Despacho da Secretaria de Segurança e Saúde no
Trabalho (1º de Outubro de 1996)[2] consta o seguinte:
“Os prontuários médicos devem ser guardados
por 20 anos, prazo este de prescrição das ações pessoais (Código Civil
Brasileiro - art. 177).
Do ponto de vista
médico, grande parte das doenças ocupacionais têm tempo de latência entre a exposição
e o aparecimento da moléstia de muitos anos. Em alguns casos esse período é de
cerca de 40 anos. Assim, a conservação dos registros é importante para se
recuperar a história profissional do trabalhador em caso de necessidade futura.
Também para estudos epidemiológicos futuros é importante a conservação desses
registros.
A guarda dos prontuários
médicos é da responsabilidade do coordenador. Por se tratar de documento que
contém informações confidenciais da saúde das pessoas, o seu arquivamento deve ser
feito de modo a garantir o sigilo das mesmas. Esse arquivo pode ser guardado no
local em que o médico coordenador considerar que os pré-requisitos acima
estejam atendidos, podendo ser na própria empresa, em seu consultório ou
escritório, na entidade a que está vinculado etc.
O prontuário médico pode
ser informatizado, desde que resguardado o sigilo médico, conforme
prescrito no código de
ética médica.
O resultado dos exames
complementares deve ser comunicado ao trabalhador e entregue ao mesmo uma
cópia, conforme prescrito no § 5º do art. 168 da CLT, e o inciso III da alínea
"c" do item l.7 da NR 01 (Disposições Gerais).”
Gestão
de resultados de exames médicos ocupacionais fora da esfera médica[3]
possui restrições por causa do sigilo médico, conforme alerta no texto acima: “Por se tratar de documento que contém
informações confidenciais da saúde das pessoas, o seu arquivamento deve ser
feito de modo a garantir o sigilo das mesmas.”
Vocês
conhecem algum Médico Examinador de empresa que não possui Médico Coordenador
do PCMSO manter Prontuário Clínico Individual?
Interessante
que a NR-07 isenta as empresas que não possuem Médico Coordenador apenas quanto
à obrigatoriedade de elaboração do Relatório Anual:
“7.4.6.4 As empresas desobrigadas de
indicarem médico coordenador ficam dispensadas de elaborar o relatório anual.
(Alterado pela Portaria n.º 8, de 05 de maio de 1996)”
Mas
não isenta em relação ao Prontuário Clínico Individual. Ou seja, o Prontuário
Clínico Individual deve ser mantido pelos Médicos Examinadores do PCMSO mesmo
que a empresa não possua Médico Coordenador do PCMSO. O PCMSO institui a figura
de três Médicos do PCMSO: Elaborador, Examinador e Coordenador.[4]
Como
saber se o Médico Coordenador ou Examinador está cumprindo essa determinação?
Os
Médicos Coordenadores de PCMSO certamente cumprem essa determinação. O problema
reside nos Médicos Examinadores, principalmente de empresas que não estão
obrigadas a indicar Médico Coordenador. Como o empregador é proibido de
verificar isso, mas uma vez será prejudicado por ser responsável por algo que
não pode controlar.
Situação
semelhante ocorre em relação aos assaltos de trabalhadores no percurso
trabalho-residência e residência-trabalho, levando-se em conta que esse tipo de
infortúnio também é considerado acidente de trabalho, o empregador é obrigado e
emitir a CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho ao INSS e pagar o preço pelo
aumento do número de acidentes ocorridos em sua empresa, com a majoração das
alíquotas do SAT – Seguro Acidente de Trabalho. Coisas do Brasil.
Webgrafia:
[1]
NR-07
http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080814295F16D0142E2E773847819/NR-07%20(atualizada%202013).pdf
[2]
Despacho da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho
[3]
Gestão de resultados de exames médicos ocupacionais fora da esfera médica
[4]
Os médicos do PCMSO
Ajuda para profissionais de RH/GP
Aqui selecionamos uma série de artigos sobre assuntos de
interesse do Departamento de Recursos Humanos ou de Gestão de Pessoas das
Organizações. Postados de forma sequenciada, os profissionais podem acessar as
informações completas apenas clicando sobre os títulos na ordem em que se
apresentam. Para não sair desta página, o leitor deverá clicar sobre o título
com o mouse esquerdo e em seguida clicar em “abrir link em nova guia”, após
marcar o título.
Boa leitura.
[1] Auxílio
para Gestão do Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP
[2]
Auxílio para Gestão de SSO na área de RH/GP
Os riscos e suas implicações
O HBI tem uma série de artigos sobre riscos químicos iniciados
na Coluna “Segurança com produtos químicos”, quando o HBI ainda era no formato
“pdf”.
Ideal para estudantes da área e profissionais que desejem
aprofundar seus conhecimentos.
Você pode ler todo o trabalho a partir da Edição de número 14 do
HBI que tem inicio aqui:
A partir desta edição, basta clicar em “postagens mais recentes”
no final da página e acompanhar a sequencia dos assuntos de modo a formar um
volume único sobre o tema.
Para as publicações em “pdf”, postadas no formato foto, você
deverá clicar sobre a imagem do HBI correspondente a página para ampliar. Após
ler a edição ampliada, clicar na seta “voltar” no topo da página (onde tem o
endereço eletrônico do Blog), para retornar a edição em formato pequeno.
O conhecimento é essencial para o sucesso profissional.
Boa leitura.
Efeitos fisiológicos da iluminação
O olho é o órgão dos sentidos que possibilita aos seres humanos
a percepção do mundo de forma mais ampla, sendo luz o vetor que permite a
ocorrência do fenômeno da visão.
O efeito biológico mais relevante das ondas eletromagnéticas na
faixa da luz visível é a estimulação das células existentes no fundo da retina
ocular, causando a sensação visual. A sensação visual causada pelos estímulos luminosos
ocasiona a ocorrência de impulsos elétricos que são enviados ao cérebro por
meio do nervo ótico. No cérebro ocorre o processamento para interpretação
desses estímulos, de acordo com as intensidades de luz recebidas pelos olhos. O processo fotobiológico visual é processado
de modo que a porção de radiação luminosa visível (refletida ou emitida) pelos
corpos penetra no sistema ótico. O sistema da visão é formado basicamente pela
córnea e pela retina. A radiação
luminosa incide sobre a retina e são recebidas pelos cones colorativos e pelos
bastonetes (células nervosas da visão), cuja energia luminosa provoca excitação
nessas células e são repassadas ao cérebro que as decodifica em claro, escuro e
cores, formando as imagens. Os cones colorativos são responsáveis pela
percepção das cores e detalhes finos e os bastonetes pela percepção do preto e
branco (presença ou ausência de luz). Significa que a luz que incide no sistema
ocular humano permite a percepção de formas, cores e detalhes.[1]
Existem aproximadamente seis milhões de cones colorativos que
são mais sensíveis à luz do que os bastonetes. Os bastonetes correspondem a 120
milhões de unidades e são destinados a baixas luminosidades.
As principais características do olho humano durante o processo
de visão, do ponto de vista fisiológico, encontram-se relacionadas diretamente
a:
a)
Acomodação;
b)
Campo de visão;
c)
Acuidade;
d)
Persistência visual;
e)
Visão de cores.
A ABNT NBR 5413 define três valores (Mínimo, médio e máximo) de
iluminância, cuja seleção ocorre por ponderação de valores de orientação.
Os parâmetros a serem considerados são:
a)
Tipo de tarefa realizada;
b)
Idade do trabalhador;
c)
Refletância de fundo;
d)
Velocidade de realização da tarefa;
e)
Precisão da tarefa.
Abaixo tabela da NBR 5413:
Fotometria é o ramo da óptica que se ocupa de medir a luz em
relação à percepção do olho humano. Já a radiometria é a ciência que mede a luz
em relação a sua potência absoluta. (potência radiante em função do comprimento
de onda e em relação à função de luminosidade modeladora da sensibilidade do
olho humano ao brilho). A intensidade luminosa é o valor da energia radiante
emitida por uma fonte de luz, cuja unidade é a candela.[2]
Em cálculos para elaboração de projetos de iluminação é
necessário conhecer a curva ou diagrama fotométrico dos focos luminosos. O diagrama polar ou cartesiano, específico da
lâmpada (fornecido pelo fabricante), apresenta a curva indicadora das intensidades
luminosas de um foco de luz em função da direção em que esse foco é observado:[3]
Iluminamento de um plano é o fluxo luminoso incidente pela unidade
de área do mesmo. Este plano é localizado a um metro acima do solo e conhecido
como Plano de Trabalho ou Plano Útil.
Para realização dos cálculos podem ser utilizadas duas unidades:
a)
Lux (Iluminamento produzido pela incidência de um lúmen por metro
quadrado) => 1lux = 1lm/m2;
b)
Foot-candel (Iluminamento de um lúmen por pé quadrado) => 1fc
=1lm/pé2.
As unidades de medidas dependem do sistema de medidas adotado.
Relação de equivalência entre lux e foot-candels:
1 lux =
10,7 foot-candels[4]
Alguns exemplos de níveis de iluminamento:
Luz solar em dia claro (exterior) ≈ 100.000 lux
Sala com janelas amplas, à luz do dia ≈ 1.000 lux
Sala bem iluminada por lâmpadas ≈ 300-500lux
A NR-17 estabelece parâmetros para níveis de iluminamento mínimos
a serem observados nos locais de trabalho.[5] Apesar da NBR citada
já ter sido revogada pela ABNT, legalmente continua ainda em vigor a NBR antiga
(NBR 5413).[6]
A elaboração de projetos exige conhecimentos técnicos muito além
da simples informação sobre os níveis mínimos a serem considerados, como por
exemplo:
a)
Ambiências físicas;
b)
Necessidades específicas para execução da atividade;
c)
Eliminação de contrates, ofuscamentos e sombras;
d)
Reduzir dos esforços para adaptação do olho;
e)
Características da edificação;
f)
Fator de reflexão das superfícies;
g)
Intensidade luminosa;
h)
Quantidade de lâmpadas;
i)
Tempo de exposição;
j)
Contraste entre figura e fundo.
Causas da ocorrência de ofuscamentos, sombras, contrastes e
irregularidades de foco:
Ofuscamento ou reflexo – Ocorre quando o nível de iluminamento é
elevado ou a fonte de luz e o ângulo visual são muito próximos;
Sombra – Ocorre quando a abertura do foco da iluminação ou
difusão da luz ocorre de forma irregular;
Contraste – Ocorre quando o grau de contraste entre o objeto focado
e o ambiente é baixo.
Irregularidade do foco luminoso – Ocorre quando há deficiência na
direção do faixo de luz ou difusão irregular da luz.
Também, algumas cores podem modificar a impressão das dimensões
de um local. Um simples exemplo é o caso de um piso e um teto de cores escuras,
que darão impressão de ter um pé direito mais baixo. Cores frias e claras no
teto refletem mais a iluminação e passam a impressão de um ambiente maior. Nesse
processo, o uso de cores também é importante para o conforto visual e para evitar
acidentes.[7]
Consequências de níveis de iluminamento irregulares:
a)
Acidentes e erros;
b)
Fadiga visual;
c)
Ambiente desagradável;
d)
Influencia psicológica negativa;
e)
Queda na produtividade.
Um projeto ótimo de iluminamento apresenta os seguintes benefícios:
a)
Harmonia estética;
b)
Conforto visual;
c)
Melhor conservação e limpeza dos ambientes;
d)
Incentivo à convivência social;
e)
Programação visual das tarefas;
f)
Melhor satisfação profissional;
g)
Maior eficiência e produtividade;
h)
Redução da fadiga visual;
i)
Aumento da segurança ocupacional, com redução dos acidentes de
trabalho.
A fadiga visual ocorre porque o nível de iluminamento interfere
diretamente no mecanismo fisiológico da visão e também na musculatura que
comanda o movimento dos olhos. Basicamente a fadiga visual depende também de
outros fatores, como por exemplo, quantidade de luz, tempo de exposição e contraste entre figura e
fundo. Nas atividades que exigem esforço
visual, baixos níveis de iluminamento associados a outros fatores ergonômicos,
como por exemplo, localização da superfície de leitura, assento inadequado,
tempo exagerado de exposição, umidade do ar, dentre outros, causam fadiga
ocular. A fadiga pode progredir para o sistema musculo esquelético da cabeça,
pescoço e coluna, provocando dores, irritação e consequente diminuição da
capacidade laborativa.
A fadiga visual pode ocasionar no sistema ocular os seguintes danos:
a)
Irritação contínua da conjuntiva;
b)
Avermelhamento e coceira;
c)
Redução da acuidade visual;
d)
Paralisia da musculatura do olho com evolução para o efeito de
visão dupla;
e)
Danos ao aparelho psíquico.
Os efeitos fisiológicos da iluminação e suas consequências no
ambiente de trabalho possuem estudos conclusivos, conforme webgrafia anexa, e
precisam ser considerados pelas empresas, além dos agentes de riscos ambientais
físicos, químicos e biológicos.
Por se tratar de um agente ergonômico, muitas vezes o risco “Baixo
nível de iluminamento” não é considerado na elaboração do PPRA.
Webgrafia:
[1] Olho humano
[2] Ótica – Fotometria e radiometria
[3] Curva fotométrica
[4] Relação de equivalência entre lux e foot-candels
[5] NR-17
[6] A lei que chama a norma que foi revogada
[7] Cores no ambiente de trabalho
Artigos relacionados:
Ergonomia
O HBI tem uma série de artigos sobre ergonomia publicados na
Coluna Ergonomia. Um verdadeiro tratado sobre o assunto. Ideal para estudantes
da área e profissionais que desejem aprofundar seus conhecimentos.
Você pode ler todo o trabalho a partir da Edição de número 39
que tem inicio aqui:
A partir desta edição, basta clicar em “postagem mais recente”
no final da página e acompanhar a sequencia dos assuntos de modo a formar um
volume único sobre o tema.
Lembrando que o conhecimento é essencial para o sucesso
profissional.
Boa leitura.
O leitor pergunta...
POLÍTICA
DE COMENTÁRIOS
Considerando que não sou “dono da verdade”, convido
profissionais e especialistas a postarem comentários com refutações, críticas,
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abordados.
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perguntas enviadas através dos e-mails veiculados, inclusive com identificação
do autor da pergunta. No entanto, as empresas serão preservadas.
Enviar perguntas para o e-mail:
Com a citação “Coluna o leitor pergunta”. Obrigado.
Pergunta:
Andei procurando seu nome em alguns grupos do facebook e
linkedin e não encontrei. Você faz parte de algum grupo de discussão da área
prevencionista?
Antonio Medeiros – TST.
Minha
resposta:
Não. Não
perco meu tempo discutindo opiniões e crenças alheias. Segurança do trabalho
não é religião onde cada um diz o que quer. O povo foi ensinado a acreditar e
acha que tudo é questão de fé. Se a humanidade dependesse desse povo ainda
estaria extraindo dentes sem anestesia. Meus artigos são embasados na ciência e
na legislação. Caso alguém não concorde
basta apresentar as fontes legais ou científicas devidamente indexadas provando
o contraditório. Prometo que retiro o artigo do ar ou procedo as alterações
necessárias. Na verdade as pessoas ficam mais burras nesses grupos, dando
créditos a opiniões e crenças. Se aproveitassem o tempo para estudar seria mais
negócio. E isso é fato, a julgar pelos e-mails que recebo de profissionais
defendendo falácias das mais absurdas.
Banco de Currículos é um serviço gratuito que objetiva a
reinserção de profissionais no mercado de trabalho e é destinado aos leitores
em geral.
As referencias profissionais devem ser levantadas pelas empresas
solicitantes através dos dados curriculares.
O administrador deste Blog não se responsabiliza pelos dados constantes
dos currículos enviados.
Os currículos são cadastrados por Título Profissional e enviados
as empresas de acordo com o perfil solicitado. Não realizamos seleção pessoal.
Os profissionais disponíveis para o mercado de trabalho devem
enviar seus currículos no formato “pdf” ou “Word” e salvo com nome de arquivo
contendo a função, o primeiro e último nome, mês atual e ano, conforme exemplos
abaixo:
Téc. Segurança Manoel Alves julho 2013.pdf
Eng. Segurança Almir Lima agosto 2013.doc
Enfermeiro José Tenório julho 2013.docx
Estagiário Téc. Segurança Jose Silva agosto 2013.doc
ATENÇÃO:
Currículos
enviados no próprio e-mail ou em outros formatos que não seja “pdf” ou “Word”
não serão considerados.
Gestores/Empresas:
Solicitem gratuitamente cópia dos currículos dos diversos
profissionais cadastrados no nosso Banco de Currículos através do e-mail:
Profissionais
Interessados:
Favor enviar currículos para composição do Banco de Currículos
através do e-mail:
Agradeço as empresas e aos profissionais que acreditam no nosso
trabalho.
Frase
de segurança:
“ Segurança do trabalho também é qualidade ”
Datas comemorativas
S E T E M B R O
Feriados e Datas Comemorativas de setembro de 2015
- 01TER
- 01TER
Dia do Corinthians
- 03QUI
- 04SEX
- 05SÁB
- 05SÁB
- 06DOM
- 07SEG
- 08TER
- 09QUA
- 09QUA
- 14SEG
- 14SEG
- 15TER
- 16QUA
- 16QUA
- 17QUI
- 18SEX
- 19SÁB
- 20DOM
- 21SEG
- 22TER
- 22TER
- 22TER
- 23QUA
- 25SEX
- 26SÁB
- 26SÁB
- 27DOM
- 29TER
- 29TER
- 29TER
- 30QUA
Fonte:
Aos
leitores
Agradeço a confiança dos
leitores neste trabalho. Aqui você encontra apenas ideias originais. Não há
cópia-cola de publicações existentes. Após vários questionamentos de leitores
sobre a veracidade dos assuntos veiculados, resolvi anexar fontes indexadas em
todos os artigos, neutralizando qualquer tentativa de desacreditar este
trabalho com a utilização de falácias. Desse modo, também passei a exigir que
todas as contestações fossem provadas por meio de fontes indexadas. Este é o
Blog oficial publicado por Heitor Borba. Clique em “Postagens mais antigas”
para ler as edições anteriores. Para ampliar as fotos, clique com o mouse
direito sobre a foto e em seguida “Abrir link em uma nova guia”. Informe-se,
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